O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, destacou a consolidação dos movimentos sociais do PSB e defendeu a importância da formação ideológica para influir nas decisões partidárias e na vida política do país. Siqueira falou na abertura da terceira etapa do curso de formação política do Movimento Popular Socialista (MPS), que abordou o tema Educação Política, Formação Ideológica e Ativismo Partidário, na última sexta-feira (27), em Brasília. “Os militantes só atuam com consequência política se tiverem formação política e ideológica”, defendeu Siqueira. O presidente do PSB ressaltou ainda o papel dos movimentos sociais do PSB no apoio aos governos socialistas. “Não somos um partido exclusivamente eleitoral. Penso que não há partido socialista sem base popular, sem participação efetiva dos militantes nos segmentos sociais”, afirmou. “Os movimentos sociais são fundamentais para dar sustentação aos governos municipais, estaduais e, no futuro, ao governo federal, quando o PSB chegar ao poder para fazer as verdadeiras mudanças estruturais no país que, infelizmente, ainda não foram feitas”, defendeu Siqueira. Estiveram presentes ao encontro, coordenado pela secretária Nacional do MPS, Maria de Jesus Matos, o coordenador nacional de Relações Internacionais e Políticas Estratégicas do segmento, Acilino Ribeiro, o secretário-geral do PSB-PE, Adilson Silva, o presidente do PSB-DF, Tiago Coelho, a secretária nacional de Mulheres, Dora Pires, o assessor da área de relações Internacionais do PSB, Alejandro Silva, a secretária nacional da Negritude Socialista Brasileira (NSB), Valneide Nascimento, e o secretário nacional do segmento LGBT Socialista, Otávio Oliveira.O socialista falou também sobre o papel da Fundação João Mangabeira na formação e na qualificação de quadros políticos e o fortalecimento da instituição em todos os níveis da federação. A secretária nacional do MPS destacou a reação do partido ao governo de Michel Temer e à agenda impopular contra os direitos sociais. Maria de Jesus criticou as medidas do governo e disse que o PSB manteve a coerência e o compromisso com as suas bandeiras históricas. “Alguns dos maiores quadros da esquerda brasileira foram do PSB, a exemplo de Miguel Arraes, Francisco Julião e Antonio Houaiss, que deixaram um legado a ser seguido pelos socialistas de hoje”, destacou o coordenador nacional de Relações Internacionais e Políticas Estratégicas do segmento, Acilino Ribeiro. Durante o encontro, Siqueira também citou exemplos de socialistas que “resistiram” a ameaças de retirada de direitos sociais. Ele afirmou que os socialistas promovem uma “espécie de revolução” em cada atitude para impedir medidas conservadoras.Ele lembrou da carta escrita por Miguel Arraes, então governador de Pernambuco, e enviada ao presidente à época Fernando Henrique Cardoso, expondo as razões pelas quais era contrário à privatização da Chesf. O presidente considerou a posição de Arraes e de outros líderes políticos e segmentos sociais e a privatização não se realizou. A recusa do ex-ministro da Saúde e presidente de honra do PSB Jamil Haddad em negociar emendas parlamentares com deputados em troca de apoio no Congresso para aprovar previsão orçamentária para instituições de saúde foi outro exemplo citado pelo presidente do PSB. “Cada vez que fazemos isso, estamos agindo como socialistas, e estamos revolucionando as sociedades, porque nós estamos resistindo. A revolução é permanente”, disse.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional
Foto: Humberto Pradera
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