Como na maioria da população brasileira, 63% dos jovens acreditam que o Brasil não tem estado no rumo certo. Por isso, querem serviços públicos de qualidade, maior conectividade, acessos livres à banda larga e à tecnologia de ponta. E não abrem mão da recuperação do poder de compra. 92% dos jovens acreditam na própria capacidade de mudar o mundo e 70% de que o voto possa mudar o país. E mais, mesmo parecendo avessos à política como ela é feita no país, 80% reconhecem o papel determinante da política no cotidiano brasileiro. Na verdade, para os jovens, os partidos políticos e os governos não falam a linguagem deles. O pesquisador Renato Meireles expressa essa situação assim: “os políticos são analógicos e a juventude digital”. Foi Meireles quem criou o verbete “Geração D”, numa referência à juventude conectada. São esses jovens conectados que foram às ruas em 2013, assustando os políticos tradicionais e causando admiração em todo o país. Temos que ter consciência que os jovens foram às ruas para cobrar mudanças significativas na política brasileira. Hoje, quando emergimos da crise, os jovens estão vindo desejosos de influenciar. Eles representam a história de vida de milhões de brasileiros que deixaram para trás a pobreza, foram atingidos pela crise, e agora querem emergir com o país. Tenho a alegria de perceber que os jovens hoje estão olhando para a frente e não para trás. Afirmo, sem nenhum receio de errar, que os políticos e os partidos que não atentarem para o que o jovem está pensando e querendo, vão ser jogados para o lixo da história. Estejamos atentos, porque nesse mundo interativo, a capacidade que o jovem tem de assimilar as transformações tecnológicas, interfere em como eles agem, pensam e levam o seu ritmo de vida. Meireles, que citamos há pouco, é extremamente feliz, ao dizer que: “Essa juventude quebra a lógica política tradicional e ideológica”. E completa: “Principalmente porque os jovens dessa geração utilizam-se de uma régua muito mais rigorosa para medir a qualidade do serviço público do que os pais”.
Senadora Lúcia Vânia (PSB-GO)
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