
Crescimento com Piñera, queda com Bachelet
A posição do Chile no ranking caiu durante o governo da socialista Michelle Bachelet. No entanto, o país subiu constantemente no ranking quando o conservador Sebastian Piñera estava no poder, entre 2010 e 2014. Piñera foi eleito mais uma vez no ano passado, devendo assumir novamente a presidência do Chile em março. "É muito preocupante o ocorrido com o ranking de competitividade do Banco Mundial. Além do impacto negativo na situação do Chile, a alteração prejudica a credibilidade de uma instituição que deve contar com a confiança da comunidade internacional", disse a presidente chilena Michelle Bachelet, em mensagem no Twitter. Bachelet anunciou que pedirá uma investigação completa sobre o caso. "Dada a gravidade do ocorrido, como governo, pediremos formalmente ao Banco Mundial uma investigação completa", escreveu. "Os rankings feitos pelas instituições internacionais devem ser confiáveis, já que impactam sobre os investimentos e o desenvolvimento dos países", acrescentou a chefe de governo.
“Imoralidade”
Em comunicado, o ministro de Economia chileno, Jorge Rodríguez Grossi, afirmou que o caso se trata de uma "imoralidade poucas vezes vista". Grossi considerou as declarações de Romer "muito francas e honradas", mas avaliou que elas revelam um "escândalo de grandes proporções". "O objetivo era mostrar uma deterioração econômica durante o governo de Bachelet, com intenções basicamente políticas", disse o ministro de Economia do Chile. O ranking era elaborado pelo economista Augusto López-Claro, que é chileno e teria sido responsável pelas manipulações. Para Rodríguez, isso reforça a possibilidade de uma intenção política. "Esperamos que a correção do ranking seja rápida, mas o dano já ocorreu. Esperamos que nunca mais manipulem estatísticas com objetivos políticos, principalmente em um órgão como o Banco Mundial", concluiu o ministro.
MD/efe/lusa/cp
Nenhum comentário:
Postar um comentário