O nariz é passivo e a boca é ativa. Quem manda na respiração é a boca e caso ela que respira o nariz fica doente, pois a cavidade nasal é um “porão úmido” de uma casa que se não transitar o vento o ar fica mofado.
No caso o nariz fica doente e as amigdalas farão o papel do nariz que é filtrar, só que amígdalas e adenoides inflamam, hipertrofiam, infeccionam, tudo em busca de deixar o ar mais limpo entrar nos pulmões, mas não é o suficiente. Sempre fica vulnerável a bactérias, vírus, fungo, ácaros, poeira, poluição.
Por isto os tratamentos todas com raras exceções devem ser realizados pelo nariz e boca. Odontologia funcional (não é ortodontia, principalmente em crianças) e otorrinolaringologista. Se a boca não fechar o nariz sempre tende a adquirir doenças como sinusite, rinite, inflamação na garganta, nas crianças, amigdalite, otite, hipertrofia de adenoides.
Durante o sono a respiração quando o ar não passa pelo nariz o corpo fica sempre tendendo a vigília superficializando o sono e com a presença de apneia ou hipopnéia no momento em que se entra no sono mais profundo onde ocorre o relaxamento total dos músculos a garganta afrouxa também tornando mais vulnerável ao colabamento dos tecidos moles e por isto acontece o bloqueio da passagem do ar.
A energia vital fica fraca e o indivíduo acorda cansado mesmo achando que esta bem, mas poderia ser muito melhor, com isto todo desempenho que ele teria para a vida o aprendizado, o desenvolvimento para crianças fica comprometido, outro problema importantíssimo esta na produção de hormônios que podem sofrer alterações e comprometer o organismo.
Por incrível que pareça quem sofre mais não é o companheiro ( a) de quarto, mas sim o roncador mesmo.
Os tratamentos são muito variados, mas a maior parte é apenas para resolver o ronco e a apneia paliativamente, mas tem-se tratamentos definitivos que resolvem sem a necessidade de aparelhos para dormir.
Mas tem-se que considerar que com o envelhecimento fica pior e ainda diante de um organismo mais debilitado com facilidades de adquirir doenças facilmente principalmente as respiratórias.
O importante é o paciente com este mal ouvir opiniões diferentes profissionais para escolher o melhor para a individualidade e sua vida.
Por alguns anos pensava-se de forma muito simples sobre estes problemas, a otorrinolaringologia recebia os pacientes e realizava nos adultos uma cirurgia chamada de uvuloplastia (reduzia o tamanho da campainha da garganta) mas na maioria dos casos continuava o mesmo problema.
Hoje se sabe que as indicações exclusivas da cirurgia da úvula esta por volta de apenas 25% e em 70% dos casos o problemas estão na língua se posiciona caída na garganta, considerando que este passa a ser um problema da odontologia que se omitiu deste conhecimento focado apenas nos dentes e deixando a cavidade oral. A medicina teve que assumir esta responsabilidade todo este tempo.
Mas um pequeno grupo de estudo de dentistas trouxe da Europa um conhecimento integrando a boca e o organismo trazendo este complemento que faltava na odontologia brasileira chamada de Ortopedia Funcional dos Maxilares que trabalhamos aqui no Instituto Machado.
Esse avanço ajudou muito a fonoaudiologia crescer no conhecimento da motricidade oral. Deu uma nova visão nos tratamentos das crianças respiradoras bucais, indo contrário a ortodontia causando até conflitos entre profissionais, pois a ortodontia busca apenas tratar dos dentes e desconhece as funções bucais encaminhando para a fonoaudiologia para resolvê-las. Há poucos anos passou a realizar no brasil a polisonografia e evidenciou a apneia nos adultos, e o conhecimento nos tratamentos respiratórios das crianças foi transferido para os adultos com apneia e ronco.
Drº Rosário Casalenuovo Júnior, é Diretor Clínico do Instituto Machado de Odontologia – Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT); Co-autor do livro Cirurgia Ortognática e Ortodôntica; Presidente da ABOR-MT (Associação Brasileira de Ortodontia - SEC.MT); Membro da Academia Libero-Latino-Americana de Disfunção Crâneo-mandibular e Dolor Facial; Membro da Academia Libero Latino Americana de Estética Médica e Interdisciplinar. Especialista em: Ortondontia (Bioprogressiva e Arco reto); Ortopedia Funcional dos Maxilares Dor Orofacial e Disfunção de ATM; Formação no Conceito Castillo Morales de Reabilitação; Autor do Conceito Arquitetura da Face; Autor do Conceito Ortodontia Funcional e Estética.
Email: dr.rosario@institutomachado.com.br
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