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domingo, 4 de fevereiro de 2018

"ARTIGO: Crise: Brasil está nu"

Warren Buffet, um dos homens mais ricos disse certa vez que “Você só descobre quem estava nadando pelado quando a maré abaixa”. A frase fala por si só, mas a conclusão que devemos tirar da metáfora é que a crise na imensa maioria das vezes vem para desnudar o problema que foi criado antes. As manchetes de jornais, os dados econômicos e os problemas de confiança do consumidor deixam claro o total estado de nudez evidenciado pela nossa crise. Dito isso, a questão agora é aceitar a nudez e descobrir o que fazer com ela e se fazer algumas perguntas, principalmente para quem é empreendedor: Você aceita que está nu? Você já descobriu por que está sem roupas? Como você vai voltar a se cobrir? Entre 2015 e 2016 a economiza brasileira encolheu 7,4% que já é uma das maiores crises de nossa história, encerrando um pouco mais de uma década de crescimento econômico continuado que encobriu inúmeros problemas e nos deixou nus. Estamos agora catando nossas roupas e buscando nos recobrir para voltar a crescer. Mas como? No auge do crescimento, o mundo viu o Brasil como a grande nação do século XXI, baseado principalmente no seu alto poder de produção agrícola e enorme potencial como nação verde. Afinal, fomos o primeiro país a viabilizar em grande escala uma fonte de energia renovável que foi o etanol de cana e manter sua matriz de geração focada nas hidroelétricas, além de conseguir conciliar grande produtividade agrícola sem avançar na mesma proporção sobre a maior floresta equatorial do planeta, que entre as grandes nações só nós temos. Tudo jogava ao nosso favor para liderar este novo processo, bastando investir intensivamente em novas tecnologias que serviriam de exemplo e nos colocaria na vanguarda do mundo. Preferimos boiar na maré alta do pré-sal e dos preços agrícolas, mesmo que nus. Mas isso é passado e ficar remoendo estes fatos não vai nos entregar de bandeja novas roupas, precisamos construí-las, até porque as antigas foram corroídas. O que fazer então? Sabe aquele momento que falei acima, de liderar o mundo com o foco na sustentabilidade. Pois é, a oportunidade ainda está aí, porque todos os fatores ainda estão. Vamos fazê-lo então? Recentemente estava eu em Pontes e Lacerda em uma viagem de trabalho quando resolvi tomar um açaí. Perguntei ao dono do pequeno negócio, que me atendeu, de onde ele trazia a matéria-prima. Qual foi muita surpresa quando ele me disse que era de Vila Bela da Santíssima Trindade. A noite em um bar da cidade me foi oferecida uma porção de “traíra”, um peixe predatório que enfesta nossos rios e lagos, mas que nunca havia visto ser servido em um restaurante. Ao comê-lo percebi que era melhor até do que a maioria que encontramos nas peixarias de Cuiabá e pasmem, também vinha da cidade vizinha. O que estas duas situações evidenciam? Estes dois empresários buscaram um diferencial e não foram longe e nem investiram muito para fazê-lo, olharam para o lado e valorizaram as coisas locais. Sem perceber, foram sustentáveis e mostraram o rumo, olharam para o próprio quintal. Este é o Brasil do século XXI, a economia verde que vai alimentar e liderar o novo desenvolvimento mundial, com exemplos de como crescer de maneira sustentável respeitando as particularidades locais e investindo nisso. Quer saber como se cobrir novamente? Qual é a sua traíra? Aonde você está comprando o seu açaí? Já olhou para o próprio quintal? A resposta pode ser o seu caminho.
Fábio Rogério Apolinário da Silva, economista e analista do Sebrae em Mato Grosso

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