
Palestrante
Massimo é doutor em Ciências da Comunicação pela USP e pós-doutor em Sociologia pela Universidade Paris Descartes V. Nos últimos anos, suas pesquisas vêm aprofundando o estudo das redes complexas em três dimensões. Ele realizou pesquisa internacional sobre o net-ativismo, com apoio da Fapesp e gerou diversos artigos internacionais e a publicação de livros: A terceira dimensão; Estudo sobre o comum digital e a superação da ideia humano-técnica e industrial da comunicação. Atualmente trabalha no Centro Internacional de Pesquisa da USP e ministra aulas em universidades da Itália, França e Portugal.
Global e local
“Hoje, não habitamos um território físico, mas uma ecologia. Todo processo de negócio é ecológico, não é apenas econômico, porque gera impacto, precisa de dados e inovação”, afirmou Massimo. De acordo com ele, no momento, para abrir um negócio basta estar conectado às redes, onde se pode, também, obter as informações necessárias para montar o empreendimento e, ainda, se estabelecer no mercado e começar a vender, ter lucro, gerar emprego, cuidar do meio ambiente, interagir com a comunidade, cuidar do planeta e ser feliz. Segundo ele, a evolução da tecnologia digital, que hoje abrange redes complexas em três dimensões, somada ao conceito da sustentabilidade, geram vantagens especialmente para empreendimentos locais, que podem atuar em nível global, se desejarem. “Estamos acostumados com o pensamento dialético e colocamos o global contra o local: ou é um ou outro. Agora, o local é global, e o global é local”, justificou. Graças a revolução digital.
Clube de Roma 50 anos
Massimo acaba de chegar de Roma, onde participava do ciclo de seminários ‘Tecnologia para a Sustentabilidade’. Ele informou que, no próximo ano, será comemorado, na capital italiana, os 50 anos da fundação do Clube de Roma (1968), que reunia cientistas, economistas, estudiosos e especialistas de vários países e realizou os primeiros debates sobre a crise do desenvolvimento. Foi a partir desse evento, que se iniciaram os encontros, documentos e protocolos a respeito dos sinais de esgotamento dos recursos naturais, em decorrência do tipo de desenvolvimento praticado, especialmente no mundo ocidental. Depois, ocorreram: a criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, criado pela Assembleia das Nações Unidas (1983); a publicação do Relatório “Os Limites do Crescimento”(1987); a Conferência de Estocolmo (1972); a Conferencia sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Rio 92 - criação da Agenda 21/ Fórum das ONG’s - compromissos da sociedade civil com a Educação Ambiental e o Meio Ambiente (1992); entre outros eventos e debates da ONU em diferentes países. (www.massimodifelice.net )
Vanessa Brito/cp
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