Outro fator prejudicial é que esta comparação será feita em seus relacionamentos, com sua equipe de trabalho, e impactará em líderes futuros, super motivados e bem- sucedidos, mas que jamais serão capazes de reconhecer suas fraquezas, recompensar sua equipe, e nem estabelecer afeto.A obrigação de ser positivo o tempo todo nas redes sociais talvez não cause impacto nas pessoas com valores morais bem estruturados, e amparados por crenças familiares consolidadas. Mas, onde há indivíduos em formação, isso não está totalmente desenvolvido, pode proporcionar uma vida pautada nas experiências alheias, sentimentos depressivos e infelicidade o tempo todo. Isso não significa que as redes sociais são responsáveis por criar pessoas deprimidas. Porque qualquer diagnostico psíquico é tarefa para um médico. Mas a ideia de que a tecnologia é responsável pela criação de seus filhos está começando a ter a resposta que todos não queriam. Sim, ela pode ser prejudicial para seu filho se você não educá-lo a usar a internet com moderação. Sou responsável por apavorar meus leitores e amigos a cada estudo que observo. Mas, deveríamos estar em alerta constante sobre como estamos estruturando a sociedade que desejamos amanhã. Se pais, educadores e nós, como sociedade, não começarmos a aceitar a responsabilidade pela nossa atividade online, iremos sempre culpar a tecnologia pelos resultados desastrosos dessas nossas escolhas. A tirania da felicidade digital é o resultado do nosso comportamento nas redes sociais, barrando, assim, o desenvolvimento de crianças e jovens que não estarão preparados para lidar com a rejeição ou com o cotidiano, e, assim, deixamos de preparar pessoas emocionalmente fortes para a uma vida que pode ser humilde, mas que pode ser feliz e fazer todo o sentido. Os filmes “Hector à procura da felicidade” e “Já estou com saudades” relatam bem como pessoas conseguiram encontrar momentos felizes em suas jornadas de vida nem sempre tão bacanas assim. Mas que são cheias de propósito, em vez de ficar o tempo todo reclamando nas redes sociais, sentido desgosto por si mesmos em chats, ou infelizes a vida inteira. Aos pais e educadores o alerta é em código vermelho, se me entendem... É melhor começar a estabelecer experiências em conjunto com seus filhos e alunos para proporcionar conexão, inovação e troca de experiências, do que serem responsabilizados pela falta de equilíbrio no uso das tecnologias.
Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia e Comportamento Digital - Belicosa.com.br
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