
Spahn defendeu a medida, argumentando que jovens estrangeiros estariam se comportando, durante a distribuição de comida, "de forma tão ousada e robusta que idosos ou mães solteiras não teriam mais chance de acesso aos mantimentos".
Ao mesmo tempo, o ministro designado criticou a controvérsia em torno do banco de alimentos, que chamou de exagerada. "Ninguém passaria fome se não houvesse o banco de alimentos", minimizou Spahn, acrescentando que a Alemanha tem "um dos melhores sistemas sociais do mundo".
O banco de alimentos de Essen (a Tafel) – organização de caridade que recolhe alimentos em mercados e os redistribui a pessoas necessitadas – restringe desde janeiro novas inscrições de beneficiários somente a portadores da cidadania alemã. O presidente da organização, Jörg Sartor, justificou a medida com o aumento desproporcional no número de estrangeiros atendidos.
Ele afirmou que a proporção de migrantes subiu para 75%, um percentual que não reflete a proporção de estrangeiros entre os necessitados da cidade. Antes da crise migratória de 2015, os não alemães eram 35%, disse. A decisão de não aceitar mais novos beneficiados estrangeiros deve continuar até que "a proporção esteja novamente equilibrada", afirmou Sartor. Ele negou que a medida tenha caráter xenófobo.
Um dos maiores críticos de Merkel dentro da CDU, Spahn foi indicado mês passado para assumir a pasta da Saúde. Ele se apresenta como católico, defensor dos valores conservadores e homossexual. Entre os conservadores, é visto como uma pessoa autoconfiante, ambiciosa e que costuma dizer o que pensa sem fazer rodeios.
MD/epd/rtr/afp/cp
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