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sexta-feira, 27 de abril de 2018

"Reciprocidade a corruptos!

Vira e mexe me pergunto: que mal é esse que carregamos de eleição em eleição, votando e elegendo políticos safados e desonestos? Por que os nossos desejos para a dignidade são adiados ou tirados de nós de dois em dois anos, ou de eleição em eleição? Sim! É sempre assim na época de eleição, lá estão nas urnas milhões de brasileiros votando nas mesmas pessoas, nos mesmos corruptos, aceitando os mesmos crimes e erros. Para o filósofo, mestre em bioética e professor Samuel Sabino, “precisamos ser intolerantes para com o corrupto, para com o errado. É preciso se desviar dos discursos ideológicos que hipnotizam a massa. O discurso fanático que leva a população às urnas em favor de um bandido faz com que a própria massa crie uma blindagem para ele. Constantemente o povo defende quem o oprime.” Que desgraça é essa? Por que muitos de nós somos hipnotizados e guiados a decidir pela permanência do errado? “Me ajude ai”, já dizia o apresentador Datena.
Essa ajuda vem através do renomado psicólogo social, - escritor Robert B. Cialdini, - respeitado nos estudos da influencia e da persuasão. Para o escritor, o que nos leva a essa robotização sem precedência recai sobre a ‘reciprocidade’, - umas das armas mais poderosas da persuasão humana. Segundo Robert, a reciprocidade tem um enorme valor na sociedade, pois de acordo com a psicologia social as relações mútuas contribuem para a conservação de normas sociais. E, o tal conceito está presente em várias culturas e religiões mundo afora. Claro, a reciprocidade deveria ter uma capacidade de demonstrar e retribuir uma boa amizade através de boas ações. Afinal, se alguém nos faz um favor, devemos fazer outros em troca. Até mesmo, pela própria expressão do agradecimento “muito obrigado” que reflete o dever decorrente do recebimento de algo.
Robert vai além ao afirmar que a própria sociedade zela para que seus membros sejam educados para obedecer e acreditar na regra da reciprocidade – o verdadeiro ‘é dando que se recebe’. Para ele, cada um de nós foi ensinado a cumprir essa regra e também conhecer as sanções sociais e o menosprezo reservados para quem quer que a viole. Por conta disso, nos esmeramos para não sermos considerados ingratos e aproveitadores. Todavia, ele adverte que esse caminho pode ser perigoso, já que num processo melindroso, podemos ser explorados por indivíduos que procuram tirar vantagem da nossa imensa gratidão, principalmente políticos, que sem escrúpulo algum, fazem uso desse mecanismo ‘reciproco’. Usam das obrigações do ente e coisas públicas, para manter o eleitor na obrigação de ser recíproco com ele para o resto da vida, assumindo uma dívida impagável, como se a conta tivesse sido escrita pelo próprio Deus.
De fato as ideias de Robert são fáceis de constatar. O que tem de políticos por ai usando dessa arma não é brincadeira. O pior é que há também milhares de eleitores que defendem essa prática cruel. Em redes sociais então, nem se fala. Eleitores lunáticos, devotos, cegos ou apadrinhados usam da tal ferramenta da internet para defender bandidos. De excelentes canalhas, maus políticos são transformados em deuses em questão de segundos. Acreditam que a proteção da tela do computador, do celular e a distância física, lhe darão o anonimato do afago perfeito ao seu ídolo de meia tigela. Também há situações em que o internauta faz questão de se apresentar como expert na política e numa defesa medíocre bajulam os que ‘roubam, mas fazem’. Mas é nos grupos de Whatsapp que a lealdade na persistência à canalhice é ferrenha. Tem aqueles que defendem porcamente a continuidade de herdeiros e sucessores de políticos ladrões do erário. De pai passando pra filho, irmão, parente a aderente, e assim por diante. É um bate e assopra que dá nojo.
Ora! Tá na hora de dar um basta nessa retribuição à imoralidade. Não troque seu voto por favores obscuros e indecentes. Como o próprio professor Sabino diz: “O corrupto é uma ameaça ao país. Certas atitudes são verdadeiras afrontas à felicidade e a dignidade. A finalidade de qualquer política não é fazer por si, e sim pelo coletivo. Não importa o que foi feito uma vez pelo político X, seu dever é fazer sempre, a corrupção não tem reciprocidade e nem desculpa. Não tem “foi só dessa vez”. É preciso honrar o presente, mas não tolerar o erro com fatos ou favores do passado.” Abrimos os olhos e mudamos, ou ficamos com o que a minha mãe sempre diz: “Um gambá cheira o outro!”
Elizeu Silva é jornalista em Mato Grosso - elizeulivramento@gmail.com

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