Por toda minha vida sempre me nutri de gestos e ações quais vinham a levar mais esperança aquelas pessoas com maiores necessidades. Seja a moeda de troco para o malabarista de sinal ou mesmo a compra do pão caseiro da mãe ou pai trabalhador que batem de porta em porta. Atitudes minúsculas para nós, mas para o próximo pode ser determinante devido a toda sua dificuldade. Após pouco mais de um ano no qual estou primeira-dama de Cuiabá, de fato me conscientizei da grande oportunidade qual esse título informal e passageiro vem a proporcionar.
Entre uma grande campanha de arrecadação, o grande envolvimento popular e a união de esforços dos cuiabanos, em prol de boas causas, aprendi que o maior legado a ser deixado não é só o benefício momentâneo da ação em específico, mas sim o espírito de solidariedade.
Doar meu esforço, meu tempo, minha dedicação e inspirar pessoas a fazerem o mesmo é o que eu desejo para a Cuiabá dos 300 anos. Envolver empresários, instituições, pessoas e grupos a fim de coloca-los numa espécie de legião do bem será minha busca incessante ao longo desses anos.
Tenho percebido o espírito cuiabano diferente, mais sensível e mais proativo quando se trata de questões sociais. Em 2017, em nossas duas grandes campanhas, por exemplo, convocamos toda a sociedade e os resultados foram emocionantes: 20 mil cobertores para a campanha do frio e 300 mil kg (15 mil cestas) para o Natal Sem Fome, campanha de final de ano.
Outro exemplo são as doações para o Siminina onde, por meio de parceria com pessoas e empresários, conseguimos mil bonecas barbies, uniformes para os profissionais monitores e 550 kits escolares - doação internacional vinda do Japão – e entre outras diversas ajudas.
Recentemente, tivemos o caso da pequena Duda, a garota Maria Eduarda de seis anos que, assim como milhares de pessoas, precisa de muitas pessoas doadoras de medula óssea para, eventualmente, encontrar uma compatível. Convocamos os servidores públicos, pessoas como nós, cidadãos de bem que não pensaram duas vezes em ajudar o próximo.
É com esse sentimento de solidariedade e, acima de tudo, de caminharmos juntos para a construção de uma Cuiabá mais justa e humanizada que peço, encarecidamente, para que os cuiabanos vistam a camisa da humanização para juntos buscarmos formas de ajudar aqueles que tanto precisam porque, no final, essa união ajudará a diminuir, de alguma forma, as barreiras e as diferenças sociais.
Tenho carinhosamente sido chamada de “mãe do município” e confesso que me apreço pelo apelido, pois incentivar e inspirar jovens a fortalecerem valores importantes para a sua formação de caráter como a compaixão, a humildade, o respeito, o amor e a responsabilidade com o próximo, é o maior bem maternal que posso oferecer à Cuiabá.
Inspirada pelos 299 de Cuiabá, recém-completados, reitero todo o meu apelo a população para juntos buscarmos uma sociedade mais justa e igual para os emblemáticos 300 anos porque não vejo outra forma desse sonho se concretizar se não for unidos. Cuiabá precisa de todos nós. Cuiabá precisa de você.
Márcia Pinheiro é atual primeira-dama de Cuiabá, empresária e pós-graduada em Gestão Pública.
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