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terça-feira, 8 de maio de 2018

"Dados apontam assassinato de dois jornalistas e agressão a 41 só neste ano"

Fotos do Dia - Conselho de Comunicação SocialAté maio de 2018, dois jornalistas já foram assassinados no Brasil e houve 41 casos de violência não letal, como socos e pontapés e disparo de bala de borracha. Os dados são da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), e foram apresentados nesta segunda-feira (7) em audiência pública do Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Congresso Nacional.

Na audiência, o diretor da Abert, Paulo Tonet Camargo, lembrou que o Brasil ocupa o 102º lugar em ranking de liberdade de imprensa elaborado pela organização Repórteres sem Fronteiras, entre 180 países avaliados. Relatório lançado em março pela associação mostra que no ano passado houve 1 caso de assassinato de jornalista no País e 82 de violência não-letal, envolvendo pelo menos 116 profissionais e veículos de imprensa.
“A violência contra jornalistas é um ataque à liberdade de expressão”, afirmou Tonet. “Vivemos um momento de intolerância, porque as pessoas perderam a capacidade de conviver com o contraditório”, salientou. Para ele, “nunca o jornalismo foi tão importante e tão relevante, como nestes tempos de fake news”.
Impunidade
Na audiência, Josemar Pinheiro, representante da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert), observou que radialistas e jornalistas vêm sendo vítimas também de censura e assédio moral. Ele destacou que os crimes contra os profissionais, de forma geral, não vêm sendo punidos. Conforme ele, as denúncias também não têm gerado medidas protetivas para os profissionais ou medidas legislativas. Pinheiro acredita que fatores como a desregulamentação da profissão contribuem para esse cenário.

Segundo Adauto Soares, coordenador de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, nos últimos 12 anos, 38 jornalistas foram assassinados no Brasil e apenas 10 foram solucionados.
Para a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a conselheira Maria José Braga, a impunidade é combustível da violência. Ela apontou que os jornalistas são atingidos ainda pelo despreparo das forças de segurança brasileiras, pela tradição de violência das polícias militares e pela intimidação de políticos. Ela também denunciou o descaso das empresas de comunicação com a segurança dos profissionais. “As empresas de comunicação têm responsabilidade, porque elas precisam, sim, tomar medidas protetivas mitigatórias de risco, quando houver risco”, destacou.
Maria José sugeriu a criação do Observatório de Violência Contra os Comunicadores no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Ela defendeu ainda que haja compromisso do governo federal de orientação para as forças de segurança do País para proteção, e não agressão, do jornalista.
Já o presidente do Conselho de Comunicação Social, Murillo de Aragão, defendeu a educação da sociedade civil para lidar com a violência contra jornalistas e radialistas. “A sociedade precisa entender e respeitar o papel da imprensa como um bem valioso para o próprio funcionamento da democracia”, afirmou. Ele citou como modelo a campanha do jornal Correio Braziliense pela paz no trânsito, iniciada há cerca de 20 anos, a qual, na sua visão, teria gerado mudança cultural na cidade.
Momento dramático
“Nunca vi um momento tão dramático para o exercício da profissão como o atual”, disse o conselheiro suplente Domingos Meirelles, indicado pela Associação Brasileira de Imprensa. Ele ressaltou que inclui nesta avaliação o período da ditadura militar: “Naquela época, havia um profundo respeito entre o ditador de plantão e a classe jornalística”, opinou. “É contradição que em pleno estado democrático de direito o jornalista viva toda a sorte de violência, o que não acontecia na ditadura”, completou.

Meirelles destacou ainda a perda da representação social do jornalista na sociedade brasileira. “O jornalista se proletarizou, recebendo salário infame, o que o deixa mais suscetível a mazelas”, avaliou.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Roberto Seabra

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