
Peritos internacionais, que estão a trabalhar com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense, apresentaram três cenários possíveis para o registo de eleitores e fizeram ver aos partidos que apenas um poderá possibilitar que o escrutínio tenha lugar na data marcada.
Aquele cenário prevê a realização do registo de eleitores e a impressão dos cartões fora da Guiné-Bissau e só depois entregá-los aos seus titulares.

Entretanto, Odete Semedo, uma das vice-presidentes do PAIGC acredita que "alguém não quer as eleições na data marcada" e que o seu partido está pronto para 18 de novembro. O PAIGC, explica a dirigente, confia nas indicações dadas pelos peritos no registo eleitoral, segundo os quais as eleições só poderão ter lugar na data marcada pelo Presidente guineense, se os cartões eleitorais forem impressos fora da Guiné-Bissau.
"Os peritos sugeriram que se os partidos quiserem podem acompanhar a impressão dos cartões no país em que forem impressos", observou Semedo, que exortou o Presidente guineense, José Mário Vaz, a posicionar-se para que o escrutínio tenha lugar a 18 de novembro.
Nesta sexta-feira (25.05), a vice-secretária-geral das Nações Unidas, Ana Maria Menéndez, afirmou que "há um esforço da nossa parte e o representante adjunto tem feito viagens aos países da CEDEAO [Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental] para conseguir esse apoio e também apoio financeiro, porque sabemos que (o dinheiro) não é o suficiente. Os esforços continuam e vamos fazer o possível que as eleições se realizem".A vice-secretária-geral das Nações Unidas falava aos jornalistas depois de um encontro com o Presidente guineense, José Mário Vaz.
"Tivemos um encontro muito positivo e construtivo e felicitei-os por terem ultrapassado o impasse político e constituído um Governo com um primeiro-ministro de consenso e a participação inclusiva dos partidos políticos", afirmou, sublinhando que as autoridades guineenses podem contar com o apoio da ONU para as eleições. Ana Maria Menéndez disse também esperar que o processo de estabilidade continue porque é "muito bom para todos".
A vice-secretária-geral da ONU deslocou-se a Bissau a convite do Conselho Nacional das Mulheres da Guiné-Bissau e para sublinhar o compromisso de António Guterres e das Nações Unidas com a "paz e desenvolvimento" do país. Durante a sua estada, que termina domingo, a responsável vai ter encontros com partidos políticos e com o presidente da Comissão Nacional de Eleições.
Agência Lusa, tms/Caminho Político
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