
"Hoje começa uma nova etapa", disse Casado em seu discurso de vitória. Segundo ele, o PP vai "tentar reconquistar os corações de todos os espanhóis, depois de semanas difíceis que tivemos de viver como formação política. O Partido Popular voltou e estamos prontos para liderar outra vez esta sociedade", completou o novo presidente do partido, depois de abraçar Rajoy e brevemente Santamaría.
Os delegados do partido optaram pela renovação geracional e ideológica proposta por Casado, um jovem deputado que foi um colaborador próximo do ex-presidente José Maria Aznar.
Santamaría havia sido a mais votada em 5 de julho no primeiro turno das primárias do PP, mas parte do partido a considerava uma opção continuísta, já que ela havia sido vice-presidente do governo de Rajoy.
Com Casado no comando, espera-se que o PP se vire ainda mais à direita. O deputado já demonstrou que pretende abordar de maneira mais dura temas como o movimento separatista da Catalunha e os planos do governo liderado pelos socialistas de descriminalizar a eutanásia. Ele também criticou o que chamou de "demagogia" do atual premiê Pedro Sánchez que se mostrou aberto à acolhida de migrantes rejeitados pelo governo italiano.
Ele também propôs incorporar o delito de convocação ilegal de um referendo ao código penal para enfraquecer o movimento separatista catalão.
Mesmo fora do poder, o PP continua sendo o maior partido do Parlamento espanhol, com 134 deputados. O partido ainda é a maior força do Senado. As próximas eleições vão ocorrer em 2020, e Casado deverá ser o candidato ao cargo de primeiro-ministro.
O novo presidente da sigla terá ainda como missão recompor o partido que, foi duramente atingido por escândalos de corrupção durante o governo Rajoy. A sigla também perdeu três milhões de eleitores entre as eleições gerais de 2011 e o pleito de 2016. Muitos migraram para o partido liberal Cidadãos, grande rival do PP na centro-direita.
JPS/afp/ots/cp
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