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domingo, 22 de julho de 2018

"ELEIÇÕES 2018:PT e Bolsonaro apostam nos extremos. Vitória do “nenhum”

"Considerando os arranjos partidários de hoje, uma disputa entre o plano B do PT e Bolsonaro é não apenas possível como provável". A estratégia do PT e de Bolsonaro de empurrar a disputa eleitoral para os extremos vêm alcançando êxito até aqui. Um escolheu o outro como adversário preferencial no segundo turno. A pesquisa IBOPE ilustra este resultado e traz as possíveis conseqüências deste cenário. Lula, não necessariamente o PT, tem 1/3 do eleitorado ao seu lado. E tem também cerca de 1/3 de rejeição. Bolsonaro varia entre 15 e 17%, e também tem cerca de 1/3 do eleitorado rejeitando-o. Com Lula, Bolsonaro é o segundo. Sem Lula, Bolsonaro lidera.Lideram longe dos outros na pesquisa espontânea. Os dois empatam como campeões de rejeição. Características típicas de pólos.
Sem Lula, brancos, nulos, não sabe e não respondeu somam 41% dos eleitores. O PT interpreta afirmando que isso se deve ao fato de não ficar claro para o eleitor quem é o candidato do ex-presidente na sua ausência. O partido rechaça hoje qualquer plano B.
É uma hipótese. Na mesma época em 2014, com Dilma já lançada como a candidata de Lula, essa mesmo contingente era de apenas 21% do eleitorado.
A outra hipótese é que o eleitor de Lula seja bem mais amplo que o eleitor do PT. Neste caso, considerando que o ex-presidente na atual conjuntura transferira 50% de seus votos, uma transferência extraordinária, seu candidato provavelmente estaria no segundo turno com cerca de 16% dos votos.
O resto do eleitorado lulista, sem Lula, rejeitaria todos. Com 41% de votos para “nenhum” não é exagero imaginar um pleito com mais de 50% de “não votos”. Numa disputa entre os pólos que carregam as maiores rejeições, num cenário de radicalização, a soma de brancos, nulos e abstenções pode ser a “vencedora”.
Nas recentes eleições suplementares do Amazonas e do Tocantins este fenômeno se manifestou. O “não voto” saiu vencedor. Alguns afirmam que isto é normal em eleições suplementares, onde o povo terá que votar novamente logo depois.
Considerando os arranjos partidários de hoje, uma disputa entre o plano B do PT e Bolsonaro é não apenas possível como provável.
Alckmin patina tamponado por Álvaro Dias, Bolsonaro e com a Lava Jato nos seus calcanhares.
Ciro luta desesperadamente por apoios partidários que o coloquem no jogo.
Os números parecem indicar que o eleitor médio rejeita os pólos, e que pode decidir não participar das eleições caso o desfecho seja este.
Teríamos neste caso um presidente eleito com menos de 1/3 dos votos. Bolsonaro hoje tem 17% no cenário sem Lula. Supondo 50% de “não votos”, teria que conquistar apenas mais 9% dos eleitores para se sagrar Presidente da República com 26%. Esta é a conta que orienta sua estratégia.
Sem construir pontes com os eleitores médios, apostando na radicalização, dificilmente o país conseguirá sair da enorme crise em que está metido. Um presidente, seja ele quem for, legitimado por apenas 1/4 dos eleitores recolocará o Brasil nos trilhos?
Pouco antes de ser preso novamente de forma absurda, participei de um jantar com Zé Dirceu, um dos generais da esquerda brasileira. Ele abriu a conversa com uma pergunta:
“Vocês acham que a crise institucional está acabando ou apenas começando?”
Ricardo Cappelli Jornalista, especializado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi secretário nacional de Esporte Educacional e de Incentivo ao Esporte nos governos Lula e Dilma. Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), é tricolor e Vila Isabel de coração. Exerce atualmente o cargo de secretário chefe da representação no DF do governo do Maranhão

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