O “juiz-atleta” foi o 7.070º participante a cruzar a linha de chegada entre os 21.500 corredores. Para tal, fez-se músculos de “aço” no percurso que teve início na Prefeitura de Pietermaritzburg até a linha de chegada no Estádio de Durban, na região litorânea sul-africana. Isto, em um tempo de 10 horas, 23 minutos e 28 segundos. Em 2018, apenas 19.062 participantes concluíram a prova dentro do prazo limite, de 12 horas, que concede direito à medalha.
“Desde criança sou esportista – jogava futebol, basquete, além de outros esportes. Até que, há cinco anos, apaixonei-me pela corrida. A partir daí, já tinha como meta participar de, pelo menos, uma ultramaratona. E a Comrades Marathon foi a prova escolhida por ser a mais tradicional nesse segmento. Nunca fui pelo pódio. Fui por superação pessoal e também pelo meu filho João Pedro”, pondera.
Angelo complementa que acredita que o esporte é uma ferramenta muito poderosa de integração social. “Meu objetivo sempre foi – e sempre será – incentivar o meu filho e mostrar para ele, bem como para todos os jovens, que não existe nenhum desafio que não se possa superar. Por pior que seja a situação que a gente enfrente, não só no esporte, mas também na vida, não há nada impossível de se superar. Só precisamos nos preparar adequadamente, com determinação e disciplina, e ter coragem para enfrentar os desafios. Cresci com o esporte e pude perceber que muitos amigos e conhecidos deixaram de se envolver em coisas erradas em razão da prática esportiva. Muitos se profissionalizaram na área e com sucesso”, comenta.
TREINOS E MAGISTRATURA – Para disputar a prova na África do Sul, o “juiz-atleta” passou por um período intenso de treinos, inclusive correu na Maratona Internacional de São Paulo [de 43 km] para se qualificar para a Comrades Marathon. Isto, ao conciliar todas as atividades esportivas com as longas jornadas da magistratura.
“Como juiz, trabalho de 8-9 horas por dia, no mínimo – às vezes até 10h ou mais. Por isso, não é fácil conciliar trabalho, vida pessoal e treinos. Mas, procurei encontrar o equilíbrio entre achar um tempinho para treinar e não comprometer o trabalho. Para a Comrades, me preparei com quase nove meses de antecedência. Treinava de 3-4 vezes por semana, sempre de noite ou de madrugada, às vezes acordando lá pelas 3h. Alternei treinos mais curtos (12-15 km), durante a semana, com mais longos (30-40 km até 60 km), nos finais de semana. Foi bem puxado, quase 2.000 km rodados nesse período. Sempre orientado por uma profissional da área e com acompanhamento médico, tudo saiu bem”, conta.
Em prol de participar da Comrades Marathon, Angelo tirou os dias de folgas compensatórias que tinha no Tribunal e preparou um itinerário expresso. “Viajei numa quinta-feira, corri no domingo e retornei ao país na terça – cheguei na Comarca mais especificamente às 4h da quarta-feira, data em que voltei ao trabalho normalmente. Além disso, tenho em mente que a minha saúde é perfeita por conta da prática esportiva – que, por sua vez, me dá qualidade de vida, assim como disposição de sobra para trabalhar e continuar os treinos. Sempre incentivo quem eu posso à prática esportiva, porque ela só nos traz benefícios”, finaliza.
Assessoria de Imprensa AMAM - ZF Press
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