Portanto, todos sabemos dos nefastos impactos do descumprimento das normas sobre integridade empresarial.
No entanto, é preciso ressaltar e enaltecer uma nova tendência guiada pela evolução da Lei Anticorrupção: os selos de boas-práticas em integridade.
O mais recente é o Selo Agro + Integridade, iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, capitaneado pelo ex-Governador Blairo Maggi e sua equipe.
Essa louvável iniciativa acaba por trazer luz ao tema para setores que, por possuírem pouca interação governamental, julgavam desnecessário investir em compliance.
Isso porque, conforme a Portaria nº 2.462/2017, o Selo Agro + Integridade não envolve apenas atos de compliance anticorrupção, mas amplia seus enfoques, envolvendo também temas relativos a sustentabilidade e relações de trabalho.
Reforçando a necessidade de boa reputação empresarial, as empresas que cumprirem os requisitos do Selo Agro + Integridade poderão utilizar o selo em seus produtos, comunicações e publicidade, além de ter seu nome amplamente divulgado no site do MAPA.
Certamente as empresas que investirem em obter tal selo compensarão os gastos com a implementação do programa de integridade com uma excelente publicidade positiva, associando sua marca e nome com as boas-práticas de gestão empresarial.
Essa é apenas uma das iniciativas que acabam por trazer impactos positivos concretos as empresas que buscam se adequar e implantar programas de integridade.
Enfim, é certo que um bom programa de compliance acaba por trazer inúmeros benefícios as organizações que buscam perenidade, longevidade nos negócios e diferencial competitivo, em especial pelo reforço reputacional.
Maurício Magalhães Faria Neto é advogado e especialista em compliance anticorrupção.
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