O Ministério Público Federal em São Paulo quer que a Polícia Civil investigue as ameaças que o jornalista Leonardo Sakamoto vem sofrendo no mundo virtual e real. O pedido foi feito na quarta-feira (11) pela Procuradoria da República, que encaminhou um ofício à Polícia com cópia do depoimento de Sakamoto. As informações são do UOL.As ameaças começaram, de acordo com relatos do jornalista à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, quando passou a circular na internet a informação falsa de que Sakamoto seria o dono de agências de checagens de notícias contratadas pelo Facebook para diminuir a disseminação de fake news na rede social. A checagem no Brasil, no entanto, é feita pelas empresas Lupa e Aos Fatos, com as quais Sakamoto não tem qualquer relação.
Em seu depoimento ao procurador regional dos Direitos do Cidadão em exercício, Pedro Antônio de Oliveira Machado, o jornalista declarou que, desde maio deste ano, seu nome passou a circular em informações difundidas por perfis de diferentes redes sociais como sendo “o responsável pela censura” na rede social.
Sakamoto, então, passou a receber ameaças, inclusive de morte, nas mídias sociais. Ele também já foi abordado na rua duas vezes por desconhecidos em tom ameaçador, questionando-o sobre a “censura”.
Além do depoimento, Sakamoto juntou prints de tela (arquivos de imagens) de algumas ameaças recebidas na internet, como uma que dizia: “É só me dar uma arma que meto uma bala no meio da cara desse filho da puta!”.
O jornalista é ativista dos direitos humanos, colunista do site UOL, professor de jornalismo da PUC/SP, diretor da ONG Repórter Brasil, que denuncia o trabalho escravo, e conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão.
Imprensa/Caminho Político
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