MPE processa deputados e ex-prefeito de Cuiabá pelos desvios da obra. O deputado estadual Romoaldo Junior (MDB) foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por causar prejuízos ao erário de R$ 16,6 milhões no contrato da construção do novo estacionamento da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Porém, o parlamentar afirmou que entrou nessa de "gaiato", pois na época, quando assumiu a presidência da Assembleia, o projeto já estava em andamento, não sendo de sua autoria.
“Quando eu assumi a presidência da Assembleia em 2013, essa licitação estava em andamento, eu apenas a homologuei. Nunca superfaturei a obra. Estou entrando nessa de gaiato, por que fui o presidente substituto e assinei uma obra que o projeto e o financeiro não era meu”, afirmou o deputado em entrevista ao Muvuca Popular.O MPE também ofereceu denuncia contra ex-primeiro secretário, Mauro Savi (DEM), Valdenir Benedito, Mário Iwassake, Adilson Silva, Alan Marcel de Barros, Alyson Jean Barros e o ex-prefeito de Cuiabá Anildo Lima Barros.O Tribunal de Contas do Estado também investiga o caso e bloqueou recentemente os bens dos envolvidos. "O espantoso prejuízo sofrido pelo patrimônio público com a obra de construção do estacionamento da ALMT, de mais de dezesseis milhões de reais, foi possível devido às condutas ilícitas dos réus Romoaldo Júnior, Mauro Savi, Valdenir Benedito, Mário Iwassake e Adilson Silva, agentes públicos responsáveis pela licitação, contratação e fiscalização dos serviços por parte da ré Tirante Construtora, a qual se beneficiou imensamente dos atos ilegais dos servidores públicos e com eles colaborou decisivamente, assim como os réus Alan Marcel de Barros, Alyson Jean Barros e Anildo Lima Barros, os dois primeiros sócios-administradores e o último atuando como representante de fato da empresa beneficiada".De acordo com a denúncia, Romoaldo Júnior e Mauro Savi, ocupando os cargos de Presidente e 1º Secretário da ALMT (respectivamente), homologaram a licitação mesmo diante de evidências de que inexistia projeto básico ou projeto executivo para a construção do estacionamento da Assembleia Legislativo. Contudo, Romoaldo alega inocência e declarou que o tempo provará sua inocência. “Se comprovar no final que houve desvio, espero que eles punam os culpados, que não sou eu. Vou fazer minha defesa e estou tranquilo. O tempo é senhor da razão e lá na frente tudo isso vai ser esclarecido e vai ser provado que eu não tenho nada haver com isso”, finalizou o parlamentar.
Helena Corezomaé
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