Futuro governo brasileiro foi assunto da reunião da Delegação da União Europeia para Relações com o Brasil, em Bruxelas. Diplomata europeu avalia que portas estão abertas para a cooperação. A Delegação da União Europeia para Relações com o Brasil promoveu nesta quinta-feira (29/11), no Parlamento Europeu, em Bruxelas, um debate sobre o futuro governo Jair Bolsonaro. As reuniões do grupo, que é responsável por estreitar os laços diplomáticos do bloco com o país, supervisionando a parceira estratégica, além de promover a troca interparlamentar, ocorrem duas vezes por semestre.
Já Vridagh não é tão otimista. "Não há dúvida de que as políticas de gênero não serão sua prioridade. Esse tipo de ideia é para ele um complô marxista". Em sua opinião, no caso de a UE se importar muito, Bolsonaro "poderá não lutar contra as que já existem, mas as deixará de lado". Por outro lado, a questão da segurança é uma prioridade para o novo governo. A cooperação europeia vê nesta temática algumas possibilidades estratégicas: missões conjuntas, segurança cibernética, ciência e tecnologia. "Temos muitos anos de histórias de êxito nestes campos e esperamos que continue assim", afirmou Koetsenruijter.
"Temos certeza que o governo Bolsonaro vai querer continuar cooperando com Bruxelas, não somente porque somos os maiores investidores", continuou Koetsenruijter. O avanço das negociações com de um acordo comercial entre o Mercosul e a UE está na lista de prioridades europeias.
Vridagh, porém, fez uma avaliação diferente sobre este quesito. "O acordo entre UE e Mercosul não será fechado com Bolsonaro. Seu anúncio foi que pensa em deixar o Mercosul, pois quer se distanciar dos países menos desenvolvidos", afirmou a cientista política e acrescentou que parece mais provável que o presidente eleito se esforçará para se aproximar dos Estados Unidos.
Em sua exposição, Koetsenruijter destacou ainda o trabalho conjunto realizado com governos anteriores nas áreas de direitos humanos e povos indígenas.
"Embora saibamos que até agora não houve muito eco no futuro governo, nosso trabalho tem tido um grande eco na sociedade e esperamos poder continuá-lo. O Brasil tem sido para nós um parceiro estratégico não somente bilateral, mas também como um soft power na América Latina, África e Ásia. Temos algo a oferecer a este governo e estamos abertos ao diálogo", concluiu o diplomata.
Mirra Banchón (cn)Caminho Político
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