
Também necessita da atenção da administração pública um amplo espectro de deficientes físicos e mentais, logo, o Estado deve estar impecavelmente adaptado às singularidades de todos esses cidadãos. No meu cotidiano como educadora, assisto à evolução de alunos com deficiência e aprendi a entender que cada ser humano, seja ele deficiente ou não, tem um tempo de aprendizagem.
A flexibilização da Educação no Brasil – a meu ver, muito inviabilizada pelo projeto Escola Ciclada – é uma das formas de levar autonomia às pessoas com deficiência. Acredito que um ensino de qualidade tem o poder de libertação, de dar asas aos sonhos e à inteligência humana. Por isso, defendo que não vale a pena coibir a reprovação de alunos ou apostar incansavelmente na padronização da Educação pública, porque o ensino surge de um processo individualizado que permite a compreensão das necessidades de cada um.
Especialista em ensino infantil, escrevo para reforçar que os assuntos que dizem respeito às pessoas com deficiência no Brasil esbarram nas questões do ensino público e precisam da atenção dos poderes. Espero verdadeiramente que o Governo Federal não dê as costas a um assunto que gerou tanta repercussão durante a primeira semana de mandato do novo presidente e que é tão fundamental para redenção deste país.
Ivete Barros é psicopedagoga e professora da Rede Pública de Ensino
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