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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

"Viaje, mas não deixe seu pet sozinho"

Chega o período de férias escolares, as famílias aproveitam para viajar com as crianças e os pets, que não que seguem junto com os seus tutores, precisam de cuidados. De acordo com a médica-veterinária Liziè Buss, da Comissão de Bem-Estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária, a recomendação, de modo geral, é que os animais de estimação não fiquem sozinhos e tenham sempre a companhia de uma pessoa ou de um outro animal de estimação. Os animais domésticos, no geral, são sociáveis, diz Liziè. “Eles gostam e evoluíram para viver em grupo”, garante. Por isso, ela ressalta que a solidão para os cães pode, sim, ser problemática, mesmo que por poucos dias. Cuidados: Para não deixar os pets sozinhos, existem creches e hotéis, bem como cuidadores que visitam a casa do tutor em períodos do dia e/ou noite para fazer companhia e alimentar os animais durante a ausência da família.
Também existem os produtos e jogos de enriquecimento ambiental, que ajudam a manter o animal ocupado nos períodos em que ele fica sozinho, reduzindo a ansiedade.
Exercícios também ajudam bastante, pois “os animais gostam de trabalhar pelo seu alimento”, assegura Liziè. Passeios, caminhadas e brincadeiras antes de deixar os animais sozinhos são recomendados, pois eles se cansam e conseguem relaxar um pouco mais.
A médica-veterinária destaca que os cães, que são muito sensíveis, devem ter treinamento adequado para que possam se adaptar à rotina moderna das famílias e ficar alguns períodos sozinhos.
“É preciso ensinar os animais a ficarem sozinhos e, para isso, é importante que os tutores contratem adestradores positivos e tenham um plano de treinamento adequado, de forma a educar o animal a permanecer sozinho e confortável por algum tempo”, recomenda.
Danos
Segundo Liziè, os animais que não socializam acabam tendo uma série de problemas, como demonstração de agressividade com outros animais e/ou com pessoas; ansiedade de separação, algumas vezes até necessitando de tratamentos medicamentosos; situações que podem gerar mutilações; além de desespero e comportamento de pânico.
“São situações que podem interferir na qualidade de vida da família e também da comunidade, que muitas vezes se deparam com cães que uivam e choram o dia inteiro ou tentam fugir”, diz a médica-veterinária.
Mas a especialista alerta que os animais, assim como nós, têm dias de tédio, de frustração. “Não é porque em algum momento o cão gritou, chorou ou uivou que, necessariamente, são maus-tratos”.
Maus-tratos
Sobre ser considerado maus-tratos deixar os animais a sós, Liziè diz que depende de avaliação de um profissional, médico-veterinário ou zootecnista, especialista em perícia, que irá verificar se o período de isolamento provoca sofrimento ao animal.
De forma geral, o que a médica-veterinária aponta é que manter os animais em isolamento social, sendo negligentes com relação à necessidade de expressar comportamentos naturais, de criar vínculos emocionais, de carinho, atenção e socialização são, sim, condições que podem vir a ser consideradas como maus-tratos.
Conselho Federal de Medicina Veterinária

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