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domingo, 10 de fevereiro de 2019

"O jornalismo consequente equilibra a democracia", diz coordenadora de O Povo"

O IMPRENSA conversou com diversos jornalistas para verificar quais temas eles acreditam que serão destaque na cobertura jornalística do Brasil em 2019. As mudanças nas lideranças políticas federais e seus reflexos nas vidas dos cidadãos e no próprio trabalho jornalístico são o foco desta série de entrevistas. Foram ouvidos Fátima Sudário, editora-coordenadora do Núcleo de Investigação do jornal O Povo, de Fortaleza, Marcelo Rech, vice-presidente editorial do Grupo RBS, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e vice-presidente Fórum Mundial de Editores, Murilo Garavello, diretor de conteúdo do UOL, Renato Onofre, chefe de reportagem de política do jornal O Estado de S. Paulo, e Thiago Prado, editor-adjunto de política do jornal O Globo. Para todos, foram feitas as mesmas perguntas. Na entrevista de hoje, penúltima da série, Fátima ressalta que os prenúncios de retrocesso sinalizados pelo atual governo colocam questões ligadas a demarcações de terras, Amazônia e de direitos civis entre os temas sobre os quais a imprensa deverá falar muito, juntamente com os assuntos ligados à própria política nacional.
Juntamente com o desrespeito ao trabalho jornalístico, mudanças de regras que afetam a Lei de Acesso à Informação (LAI) tornarão a prática do jornalismo investigativo mais complicada, acredita a jornalista.
A esse cenário soma-se o próprio processo de precarização das condições de trabalho, resultado de inúmeros fatores. Apesar disso, Fátima destaca a importância da manutenção do referencial de qualidade no exercício do jornalismo por seu papel determinante no equilíbrio da sociedade democrática.
Que tipo de pauta deverá ter destaque no noticiário em 2019? Questões sobre demarcação de terras indígenas, Amazônia, agrotóxicos e questões de gêneros, segurança etc vão ganhar destaque neste governo? Por quê?
Fátima Sudário - Naturalmente, pelos tempos de ameaças e retrocessos que as interlocuções do atual governo prenunciam, esses temas deverão estar na pauta. São conteúdos que vão disputar espaço com a política. E é bom que assim seja. São marcos civilizatórios transversais para os cotidianos no Brasil e no mundo. E que a imprensa consiga fazer contrapontos ao que não é do interesse coletivo.
Que tipo de influência tem a mudança de governo nesse sentido?
Muita. O próprio governo trouxe essas temáticas à pauta da maneira mais negativa possível, taxando de ideologia de esquerda, quando são marcos universais, humanitários que não devem se pautar pelo moralismo, pelo autoritarismo e nunca limitados a determinados grupos de pensamentos fechados.
Acredita que ficará mais difícil do que antes fazer jornalismo investigativo? Por quê?
Sim. Ainda que nunca tenha sido fácil fazer jornalismo investigativo no Brasil, agora deverá ficar bem mais complicado, com os últimos ataques à transparência e acesso à informação. Temos limitação na Lei de Acesso à Informação, a medida que quer restringir a investigação de movimentação financeira de parentes de políticos, o próprio tratamento desrespeitoso ao exercício do jornalismo, ameaças de corte de verba publicitária, eleger órgãos de comunicação para interlocução. Enfim, não há um cenário animador.
Em um cenário no qual as mídias digitais ganham cada vez mais destaque no processo informacional, quais deverão ser os principais desafios para o jornalismo de qualidade no país?
Primeiramente, é bom lembrar que os desafios de qualidade valem também para o ambiente de mídias, que não estão isentas dos princípios do jornalismo responsável, de compromisso com a realidade. Porém, é fato que a própria precarização das leis trabalhistas e a própria conjuntura econômica tiveram grande impacto nas redações e no jornalismo de qualidade. Mas isso não pode implicar a perda de referencial da qualidade. Vai ser o nosso dilema, porque o jornalismo consequente equilibra a democracia.
Marta Teixeira/Caminho Político

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