
Os muros, aliás, foram tema recorrente em seu discurso, como ao fazer alusões aos "muros nas mentes das pessoas". "Derrubem os muros da ignorância e da intransigência, porque nada tem de ficar como está", disse Merkel, na 368ª cerimônia de formatura da instituição.
A chanceler falou sobre temas como as oportunidades e ameaças impostas pelas novas tecnologias e o combate às mudanças climáticas. Ela alertou os formandos de que nada deve ser sempre tomado como certo. "Qualquer coisa que pareça estar gravada em pedra e inalterável pode ser mudada. Todas as mudanças começam em nossa mente."
Ela reconheceu a responsabilidade histórica da Alemanha e exaltou a capacidade de se conceder o perdão. "As relações entre a Alemanha e os EUA demonstram como antigos inimigos podem virar amigos".
A chanceler destacou a importância das relações transatlânticas com base em valores compartilhados, e lembrou o famoso discurso do general George Marshall aos formandos de Harvard em 1947, quando ele revelou sua estratégia para ajudar a reconstruir a Europa após a Segunda Guerra Mundial, conhecida como o Plano Marshall.
Em outra referência velada às politicas de Trump, ela disse que "o protecionismo ameaça as fundações de nossa prosperidade". Ela defendeu uma perspectiva que seja "multilateral ao invés de unilateral, global ao invés de nacional, com um olhar para fora ao invés de isolacionista".
"Devemos trabalhar juntos ao invés de sozinhos. Devemos ser honestos para com os outros e com nós mesmos, o que significa não chamar as mentiras de verdade ou as verdades de mentiras", disse a chanceler, aplaudida de pé pelos presentes.
RC/dw/cp
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