Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

sexta-feira, 17 de maio de 2019

"Wellington defende vincular R$ 248 bi a liberação integral do Orçamento do MEC"

Em plenário, Wellington Fagundes diz que contingenciar recursos da Educação significa “ferir, de morte, o futuro do país”. A aprovação do pedido do Governo Bolsonaro para suplementação do Orçamento da União, no valor de R$ 248,9 bilhões, por meio de operação de crédito, pode ficar vinculada, por acordo, à liberação integral do Orçamento do Ministério da Educação. A proposta foi defendida em plenário, nesta sexta-feira, 17, em pronunciamento feito pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), líder do Bloco Parlamentar Vanguarda, em aditamento à manifestação do senador Álvaro Dias (PODE-PR).
Manifestaram favoravelmente à vinculação os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Izalci Lucas (PSDB-DF). Este, inclusive, disse que já discute encaminhamento de emenda ao Projeto de Lei do Congresso pelo qual o Governo encaminhou o pedido. Membro da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Fagundes participou da audiência que recebeu o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta semana. O ministro apelou para a aprovação da suplementação.
Os senadores desconfiam que o valor solicitado pelo Governo esteja acima do necessário. Cálculos do Instituto Fiscal Independente, órgão do Senado, apontam que, de fato, existe a necessidade de suplementação, mas que esse valor não chega a R$ 100 bilhões. “São R$ 98,8 bilhões. Portanto, existe um valor significativo de folga no PLN” – explicou o senador Izalci Lucas.
Na semana que vem, uma audiência pública vai discutir o valor de R$ 248,9 bilhões apontado pelo Governo. Já o contingenciamento do Orçamento da Educação, anunciado pelo Governo, é de 30%. Reitores de universidades federais afirmam que os cortes impostos pelo MEC chegam a afetar até 54% dos recursos - caso da Universidade Federal do Sul da Bahia. A Universidade Federal de Mato Grosso contabiliza bloqueio na ordem de R$ 66 milhões.
Fagundes defendeu agilidade nas discussões. “Precisamos debater, mas também sermos objetivos para alcançar a solução em curto prazo de tempo” – disse o republicano. Para ele, os protestos ocorridos esta semana contra o contingenciamento - ou corte - do Orçamento do Ministério da Educação impõe ao Congresso Nacional brasileiro que sejam tomadas ações para garantir que todo o processo educacional não sofra qualquer paralisação.
“Expandir o ensino é uma missão à qual o Governo não pode retroceder sob qualquer aspecto, sob qualquer tipo de debate” – disse. Nesse sentido, Fagundes anunciou a apresentação de um Projeto de Lei que trata da segurança nas escolas e que corre o risco de ficar prejudicado, se mantido o corte orçamentário do MEC. “Essa é uma questão que considero de extrema importância e que tem sido, no campo da educação, alvo de intensos debates” – ponderou.
NORMAIS GERAIS - O Projeto de Lei 2.256, de 2019, já em tramitação, segundo ele, tenta dar uma resposta ao que classifica como “violência descontrolada” nas escolas. A proposta cria normas gerais de segurança escolar, tais como: controle de entrada e saída de pessoas, por meio de recursos tecnológicos que a instituição julgar mais convenientes, e desenvolvimento de instruções e procedimentos sobre segurança voltados para toda a comunidade escolar, incluindo dirigentes, docentes, discentes e funcionários.
Ao ressaltar fatos ocorridos em Suzano (SP) e o medo que tomou conta de Cuiabá, no mês passado (por conta de ameaças que não se confirmaram), Fagundes ressaltou que o Governo precisa agir nessa vertente. “Não podemos esperar que mais crianças, adolescentes, professores, funcionários e familiares de alunos morram em outras instituições de ensino do País, para agirmos no sentido de aumentar a segurança. Essa é uma necessidade urgente e a sociedade clama por providências” - frisou.
Da Assessoria
Foto: Edilson Rodrigues - Agência Senado

Nenhum comentário:

Postar um comentário