
"É uma pessoa que me acompanha há dez anos. É uma pessoa afeita à burocracia. Desejo boa sorte e temos plena confiança no trabalho dele”, afirmou o presidente, se referindo ao major Francisco. Bolsonaro classificou a ida de Floriano Peixoto para os Correios como uma "missão”. "Temos plena confiança de que ele a cumprirá a contento. É colega nosso acostumado a desafios”, disse.
Na quinta-feira, o Juarez da Cunha havia informado em sua conta na rede social Twitter que se afastaria do comando dos Correios. Ele avaliou que sua gestão de sete meses à frente da estatal teve um "saldo positivo” na recuperação da empresa.
Ele foi demitido em público pelo presidente na sexta-feira passada. Durante encontro com jornalistas. Bolsonaro anunciou a demissão de Juarez Cunha, afirmando que o presidente da estatal vinha se comportando como "um sindicalista". Recentemente, o general havia se manifestado contra a privatização dos Correios e tirado foto ao lado de parlamentares do PT e do PSOL na Câmara.
Privatização dos Correios
Em relação a uma possível privatização dos Correios, Bolsonaro destacou que há sim essa intenção, mas que, no momento, o trabalho de Floriano Peixoto será fazer o "melhor possível” para que a estatal seja "motivo de orgulho para todos nós”. O presidente destacou como tarefa avaliar o fundo de pensão da empresa, Postalis.
Jorge Antonio de Oliveira Francisco atuou no Congresso Nacional desde 2003 como assessor parlamentar da PM-DF, assessor jurídico no gabinete de Bolsonaro e também como chefe de gabinete e assessor jurídico do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Na atual gestão, havia sido nomeado para cuidar da subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil.
loriano Peixoto Vieira Neto é general-de-divisão da reserva. Atuou em diversas funções no Exército, como no comando do 62° Batalhão de Infantaria em Joinville (SC) e na 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília. Integrou ainda a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).
O presidente também respondeu a jornalistas sobre a troca na articulação política, que foi retirada da Casa Civil e repassada ao general Luiz Eduardo Ramos, nomeado para a Secretaria de Governo. Ele negou que isso signifique um enfraquecimento do titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
"Tem três ministérios aqui dentro que são fusíveis. Para evitar queimar o presidente, eles se queimam. A função do Onyx é a mais complicada. Passamos a Supar [Subchefia de Assuntos Parlamentares] para o Ramos e jogamos o PPI [Programa de Parcerias de Investimentos] para o Onyx. Ele está fortalecido”, assegurou.
Sobre as novas mensagens divulgadas pelo site The Intercept envolvendo o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e membros da força-tarefa da Operação Lava Jato, Bolsonaro comentou que "não há certeza da fidelidade das mensagens divulgadas ali”. "Tudo é possível. Acredito que ele se saiu muito bem no Senado e saiu mais fortalecido do que entrou”.
Em pronunciamento, Bolsonaro disse ainda que pretende enviar um projeto de lei dando mais garantias jurídicas a militares e forças de segurança para operações. "Se a força da lei estiver em campo, ela sempre estará certa. Para o cumprimento da missão, todas as possibilidades podem ser empregadas, até mesmo pelotão de drones. Não quero que policial esteja na linha de tiros”, sublinhou.
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