
Cuba, que está na mira dos EUA desde a chegada de Trump ao poder, em 2017, é acusada no informe de forçar médicos a fazerem parte de suas missões internacionais, que são parte de um programa que nos últimos anos vinha gerando importantes ingressos a Havana através de contratos com dezenas de países.
Além de questionar as missões médicas, o documento, apresentado pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, diz que o governo do país caribenho "não criminalizou todas as formas de trabalho forçado ou tráfico sexual de jovens de 16 e 17 anos".
Com isso, Cuba passou do nível 2 para o nível 3, o mais alto da lista sobre tráfico humano. Nesta posição, estão países que os EUA consideram que não cumprem os padrões mínimos de proteção a vítimas do tráfico de pessoas, como China, Coreia do Norte, Rússia, Venezuela. A Arábia Saudita também passou a ocupar o nível 3 neste mais recente relatório, por violações dos direitos trabalhistas de trabalhadores estrangeiros.
Países que entram na "lista negra", por estarem classificados no pior nível, são sujeitos a restrições dos Estados Unidos em termos de assistência econômica e retirada de apoio do Fundo Monetário Internacional ou outros organismos de ajuda ao desenvolvimento.
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, rejeitou a medida com um texto divulgado no Twitter, acompanhado por uma foto de um médico atendendo crianças de colo em Moçambique. "Isto é o que as ideias conservadores que imperam nos EUA confundem com o tráfico de pessoas. Denunciamos esta acusação imoral, mentirosa e perversa".
O ministro do Exterior cubano, Bruno Rodríguez, classificou, também no Twitter, a inclusão na lista de "outra calúnia para justificar novas medidas de hostilidade" contra o país.
MD/afp/ots/cp
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