Favorito à sucessão da premiê britânica, Theresa May, político propõe reter o dinheiro que Londres deve a Bruxelas até que a UE melhore as condições para a saída do Reino Unido. O ex-ministro britânico do Exterior, Boris Johnson, favorito para se tornar o próximo primeiro-ministro, sucedendo Theresa May à frente do governo do Reino Unido, ameaçou não pagar a fatura do Brexit enquanto a União Europeia (UE) não aceitar melhorar as condições da saída do Reino Unido do bloco europeu. "Nossos amigos e parceiros têm que entender que o dinheiro será retido até que tenhamos mais clareza sobre o caminho a seguir", disse Johnson em entrevista publicada neste domingo (09/06) pelo jornal The Sunday Times.
"Para obter um bom acordo, o dinheiro é um excelente solvente e um ótimo lubrificante", acrescentou, em suas primeiras declarações após anunciar sua intenção de concorrer ao cargo de primeiro-ministro. Na entrevista, Johnson também insinuou que recusaria o acordo de fronteira com a Irlanda.
Johnson é o favorito suceder a primeira-ministra Theresa May, que renunciou oficialmente como líder do Partido Conservador na sexta-feira. Ela continua no cargo até um substituto ser escolhido, um processo que deve ser completado no final de julho. Johnson afirmou que é o único candidato que pode enfrentar o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, e o populista pró-Brexit Nigel Farage.
Atualmente, 11 membros do Parlamento pretendem concorrer para substituir May. O líder do partido, que ganhou a maior quantidade de assentos nas eleições de 2017, se tornará automaticamente o novo chefe de governo britânico. Entre os candidatos, estão o ministro do Exterior, Jeremy Hunt, e o do Interior, Sajid Javid.
Rejeitado pelo Parlamento britânico, o acordo firmado entre Londres e Bruxelas prevê que o Reino Unido pague à UE em torno de 44 bilhões de euros.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, recomendou que o Reino Unido não pague o que deve à UE. Ele também apoia Johnson como candidato à sucessão de May.
MD/lusa/ap/cp
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