
Qu, de 55 anos, deverá assumir o cargo de diretor-geral em 1° de agosto, substituindo o brasileiro José Graziano da Silva.
Desde 2012, a chefia da FAO era ocupada por José Graziano, que permaneceu durante dois mandatos, de 2012 a 2015 e de 2015 a 2019. O brasileiro havia entrado na FAO em 2006, quando foi nomeado diretor-geral adjunto para a América Latina e Caribe.
Durante sua campanha, Qu propôs se concentrar na erradicação da fome nas regiões pobres, modernizar a agricultura nas zonas tropicais e secas, promover a digitalização e inovar os modelos de cooperação.
"Quero agradecer à minha pátria depois destes 40 anos de reformas bem-sucedidas e política aberta", disse o representante chinês em suas primeiras palavras após ganhar a eleição, na qual só houve uma abstenção.

"Pequim fez um grande esforço para conseguir cargos mais altos na ONU nos últimos anos", disse Richard Gowan, analista do International Crisis Group, de Bruxelas.
O país enfrenta atualmente uma epidemia de febre suína que está dizimando seu rebanho, bem como uma guerra comercial com os Estados Unidos que o está forçando a buscar cereais e soja em outros lugares.
As crises levaram o setor de alimentos ao topo das prioridades do governo, disse Pequim na carta de candidatura de Qu à chefia da FAO.
A FAO fez soar o alarme sobre a crescente insegurança alimentar e os altos níveis de desnutrição. A eleição de Qu para o comando da agência sediada em Roma vem num momento em que a luta para erradicar a fome mundial está sendo prejudicada pelo aquecimento global e pelas guerras.
A fome atribuída aos efeitos combinados do clima extremo e errático, da desaceleração econômica e dos conflitos, particularmente na África e no Oriente Médio, aumentou nos últimos três anos.
O sucessor do brasileiro José Graziano da Silva terá que implementar políticas para alimentar uma população mundial que deve aumentar de 7,7 bilhões para 9,7 bilhões de pessoas em 2050.
CA/afp/lusa/efe/cp
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