"Copa do Mundo de Futebol feminino terá maior cobertura televisiva"

A TV Globo vai exibir, pela primeira vez, os jogos da seleção feminina na Copa do Mundo de futebol que acontece na França. O jogo de estreia do Brasil contra a Jamaica, no dia 9, às 10h30, será narrado por Galvão Bueno e terá comentários da jornalista Ana Thais Matos e do ex-jogador Caio Ribeiro. O interesse da emissora pela competição feminina vai ao encontro do aumento do interesse das mulheres pelo esporte.

Pesquisa da Kantar IBOPE Media mostra que a preferência pelo esporte cresce entre as mulheres: só no ano passado, por exemplo, as mulheres representaram 41% da audiência do gênero futebol na TV brasileira. Entre 2014 e 2018, houve aumento de 30% no tempo médio consumido do gênero futebol por mulheres. A faixa etária entre 25 e 34 anos é a que registra o maior aumento no tempo médio assistido. O futebol feminino também ganhou força. Desde a última edição da Copa do Mundo, em 2015, houve aumento de 51% no tempo médio consumido pela população em geral para as transmissões de jogos de futebol feminino. Levando em consideração apenas o consumo entre as mulheres, essa variação positiva chega a 30%.

Participação feminina na cobertura

Apesar do aumento da participação de mulheres nos comentários e na reportagem, não haverá narradoras nem na Globo e nem na Band.

Os demais narradores da Globo serão Cléber Machado e Luís Roberto. A seleção será acompanhada pelas repórteres Carol Barcellos e Lizandra Trindade. No canal SportTV, que transmitirá 49 jogos ao vivo, terá 10 narradores (todos homens) e duas comentaristas Nadja Mauad e a ex-jogadora Milene Domingues. Na Central do Apito, quadro que faz análise da arbitragem, não haverá presença feminina, apenas os ex-árbitros que já são contratados do futebol do Grupo Globo: Paulo César Oliveira, Sálvio Spínola e Sandro Meira Ricci.

Na Band, as narrações serão de Ulisses Costa, os comentários serão de Alline Calandrini, do ex-jogador Velloso e a apresentadora será Paloma Tocci.

Da Redação Imprensa/caminho político