“Na Copa do Mundo no Brasil, Cuiabá foi uma das sedes.  Houve um trabalho grande de inteligência e vigilância com a integração das polícias e até o Exército. O resultado foi que não houve qualquer incidente. Esse é um exemplo, um modelo que precisa ser seguido” – exemplificou Fagundes.
Na conversa, Moro disse que o Ministério está desenvolvendo  projetos com essa finalidade, inclusive com um programa piloto em Foz do Iguaçu, no Paraná.  Segundo o ministro, a ideia é integrar forças de segurança e inteligência, como a Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e agências de inteligência federais, para combater o crime organizado e o terrorismo na fronteira, a partir dessa experiência  na ‘tríplice fronteira’.
Ministro e senadores também trataram da questão do Sistema  Penitenciário, que se encontra sucateado e oferecendo graves riscos de segurança, tanto para servidores, como à própria população carcerária. Os  problemas vão da insalubridade à superlotação.  Moro reclamou da questão orçamentária disponível ao Ministério  da Justiça para resolver a questão. Além de Fagundes, participaram do almoço os senadores  Jayme Campos (DEM-MT), Marcos Rogério (DEM-RO), Zequinha Marinho (PSC-PA) e Jorginho Melo (PL-SC). Também esteve no almoço a senadora Selma Arruda (PSL-MT). O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do Democratas, também participou do encontro.
Em quase duas horas, Moro também foi questionado pelos  senadores sobre o retorno da Fundação Nacional do Índio (Funai) ao Ministério da Justiça e a manutenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) no Ministério da Economia.  Da mesma forma, ouviu queixas da falta de diálogo do Governo com o  Congresso Nacional.
INVASÃO DE TELEFONES  – Sérgio Moro também se defendeu do conteúdo das mensagens trocadas com integrantes do Ministério Público Federal, principalmente com o chefe dos procuradores Deltan Dallagnol, na época em que foi juiz da Operação Lava-Jato. Ele colocou sob suspeita o teor  das informações divulgadas pelo site “Intercept Brasil”, e chegou a mencionar a possibilidade de
hackers  terem invadido os chats de conversa e se passado  por ele.
“Intercept” noticiou que o ex-magistrado teria orientado  a ação do Ministério Público e cobrado novas fases da operação. O site informa que analisa a divulgação de outros trechos que poderiam comprometer a lisura da operação que levou à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Tenho que ter fatos concretos e vou analisar de acordo  com fatos concretos. Tudo que está sendo colocado está sob dúvida, inclusive pelo próprio ministro Sérgio Moro. Não podemos ter precipitação. Isso pode ser prejudicial ao país.  Neste momento, mais do que nunca, precisamos de diálogo e moderação, até mesmo  visando sobrepor esse momento de tensão que hoje está prejudicando o país” – disse o senador, ao se posicionar sobre o caso.
Da assessoria/Caminho Político
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