A Comissão de Liberdade de Expressão da OAB-RJ divulgou uma nota manifestando a “contrariedade e preocupação” com o pedido que a Polícia Federal teria feito ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras de um relatório das atividades financeiras do jornalista Gleen Greenwald. Segundo a nota, assinada pelo presidente da Comissão de Liberdade de Expressão da OAB-RJ, Marcus Vinícius Coelho, o pedido significa uma “inaceitável prática de tolhimento e intimidação, em flagrante afronta à Constituição Federal” e que “a liberdade de imprensa é pressuposto indispensável para o Estado democrático de Direito”. Ainda não há a confirmação se, de fato, a PF fez o pedido ao Coaf contra o jornalista como foi divulgado pelo site O Antagonista. A OAB nacional vai oficiar o Coaf para indagar se é verdadeira a informação de que o órgão recebeu pedido de investigação sobre as movimentações financeiras de Glenn Greenwald.
Já o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou à Comissão Diretora requerimentos de informações sobre suposta investigação do jornalista Glenn Greenwald pela Polícia Federal. Os pedidos são direcionados aos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Sérgio Moro.
Segundo a lei que estabeleceu o Coaf (9.613, de 1998), a atividade jornalística não está sujeita à supervisão do órgão. "Se confirmado que tem algum inquérito aberto ou que houve algum pedido ao Coaf, nós estamos diante de uma grave ameaça à liberdade de imprensa no Brasil, e decorrerão ações nossas por conta disso", afirmou Randolfe.
Na última terça-feira (02/07), quando Sergio Moro esteve na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre os diálogos divulgados pelo The Intercept Brasil, ele foi questionado diversas vezes sobre a veracidade do pedido. Moro não confirmou nem negou.
Redação IMPRENSA/Caminho Político
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