A polícia ambiental faria a fiscalização; a intenção é inibir a pesca predatória e não interferir nas atividades dos pescadores amadores. O Projeto de Lei 668/2019 proposto pelo governo de Mato Grosso, que dispõe sobre a política Estadual de Desenvolvimento Sustentável da Pesca e regulamenta as atividades pesqueiras, foi o fator principal para que a Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta manhã de terça-feira (02), debatesse em audiência pública a não inclusão da cota zero na pesca amadora nos rios de Mato Grosso. A vice-presidente da Associação de Logistas de Caça e Pesca do Estado de Mato Grosso (Alcape – MT), Nilma Silva, há 20 anos trabalha com iscas vivas. Ela defende a reivindicação dos pescadores em querer trabalhar, pois é a garantia do sustento e geração de renda. O referido projeto de lei, ser aprovado, impedirá a comercialização e o transporte da pesca amadora pelo período de cinco anos no estado, a contar a partir de 2020. “Levanto 4 horas da manhã, todos os dia,s e quero agradecer todos que atenderam o nosso clamor e reconheceram o nosso trabalho. Eu quero dizer que essa proposta do governo é uma vergonha. É um tapa na cara da sociedade mato-grossense. Somos cidadãos de bem e estamos apenas trabalhando”, revolta.
O deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Segurança, Delegado Claudinei (PSL), apoiou o movimento por ser possível manter a atividade pesqueira responsável e os pescadores usufruirem da riqueza existente nos rios de Mato Grosso. “Não podemos aumentar o volume de desempregados por falta de oportunidades. É importante o debate para transparecer o impacto que vai causar à sociedade. Além dos pescadores, temos os comerciantes, logistas e empresários que pagam seus impostos. Sou favorável à fiscalização da pesca predatória, mas sou contra este projeto da cota zero para a pesca no geral”, posiciona.

Estiveram presentes os deputados estaduais Dr. João (MDB), Eduardo Botelho (DEM), Elizeu Nascimento (DC), Lúdio Cabral (PT), Paulo Araújo (PP), Sebastião Rezende (PSC), Silvio Fávero (PSL), Valdir Barranco (PT) e Wilson Santos (PSDB). Também, representantes ligados ao segmento pesqueiro, Polícia Militar de Proteção Ambiental e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Samantha dos Anjos/Caminho Político
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