
Os promotores afirmaram que as evidências contra Epstein incluíam centenas ou mesmo milhares de fotografias obscenas de jovens mulheres ou meninas, que foram descobertas numa operação de busca em sua mansão em Nova York.
O empresário de 66 anos havia sido acusado de abusar de dezenas de garotas há mais de uma década, mas conseguiu evitar acusações federais formais mediante a um polêmico acordo extrajudicial no qual admitiu ter solicitado serviços de prostituição.
Em 2008, Epstein chegou a um acordo com a promotoria do sul da Flórida para pôr fim a uma investigação que poderia lhe render uma condenação à prisão perpétua. Ele se declarou culpado de acusações menores, foi condenado a 13 meses de prisão e chegou a um acordo financeiro com as vítimas.
O acordo foi supervisionado pelo então promotor de Miami, Alexander Acosta, ex-secretário de Trabalho do governo de Donald Trump e que renunciou por sua ligação com o milionário. Na época, ele defendeu esse tratamento como "apropriado" por conta das circunstâncias, especialmente com "muitas das vítimas relutantes a testemunhar".
O caso mudou depois que, em fevereiro, um juiz da Flórida decidiu que a Promotoria estadual violou a lei ao ocultar o acordo, que afetava mais de 30 mulheres que o denunciaram por terem sido vítimas de abusos sexuais quando eram menores de idade.
O procurador-geral do Distrito Sul de Nova York, Geoffrey Berman, afirmou que o acordo selado na Flórida que poupou Epstein de uma pesada sentença de prisão há uma década é compulsório apenas para promotores federais na Flórida, e não para autoridades em Nova York.
Epstein manteve laços de amizade com figuras influentes ao longo dos anos, como o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o príncipe Andrew, do Reino Unido, que chegou a ser acusado por vítimas de ter participado do esquema de abuso sexual de Epstein, além de Trump.
CA/PV/rtr/afp/dw/cp
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