A do Parí e ser estádio! A Arena Pantanal é
multiuso e isso, basicamente, difere-a de um estádio de futebol que tem essa
exclusiva finalidade. A infraestrutura que possui foi pensada e projetada
para sediar os jogos da Copa do Mundo - FIFA 2014 realizados em Cuiabá, com
todas as exigências da entidade, e ainda a certificação LEED - Leadership in
Energy and Environmental Design para construções sustentáveis - green building
- tendo sido escolhida e premiada por instituições respeitáveis em razão
de suas características. Além disso, o seu projeto prevê a realização de
agendas dos circuitos regional, nacional e internacional relacionadas a outros
eventos esportivos, culturais, shows artísticos, feiras de negócios, exposições
e congressos. Ao futebol, é claro, seriam reservadas as oportunidades mais
significativas, como as finais oficiais.
Também foram considerados outros usos por
estruturas permanentes, como museus, galerias de arte, instituições de ensino,
restaurantes e órgãos públicos compatíveis.
Essa funcionalidade confere viabilidade
administrativa à arena, oportunizando-a como um espaço referencial e
diversificado.
A gestão da sua estrutura física e dos seus
múltiplos usos não admite improvisos e deve ser feita por uma empresa operadora
especializada, nacional ou internacional, mediante licitação apropriada e
devidamente fiscalizada.
Outro fator estratégico para a funcionalidade da
Arena é a coexistência de um estádio de futebol dentro dos padrões
da CBF - Confederação Brasileira de Futebol, com as condições de sediar jogos
oficiais dos campeonatos estaduais e nacionais.
Esta alternativa consubstancia-se no estádio
metropolitano de futebol, em Várzea Grande, pois, o então chamado Centro
Oficial de Treinamento - COT, iniciado e não concluído, foi planejado para,
após a Copa 2014, constituir-se no 'Estádio Barra do Pari'.
O seu projeto original, se retomado e executado,
contemplaria as exigências da CBF e estaria apto a atender aos Clubes na
problemática questão do 'mando de campo', além de disponibilizar ao futebol
mato-grossense uma outra estrutura moderna, com capacidade para 10 mil torcedores
e instalações de suporte para as equipes, incluindo refeitório, academia e
alojamento.
Registro que, à época dos preparativos para a Copa,
houve a opção pela construção parcial das arquibancadas, ou seja, 3 mil
lugares, suficientes para um CT, ficando os outros 7 mil para o pós evento,
mantendo-se, entretanto, as proporções dos demais espaços e itens de
infraestrutura para atender a capacidade total original, quando completada.
A importância estratégica do estádio Barra do Parí
é também disponibilizar a agenda da Arena Pantanal para a sua
multiplicidade de usos, assegurando a sua destinação e viabilizando-a
economicamente. Afinal, grandes eventos profissionais são contratados com médio
ou longo prazos de antecedência, sendo necessárias uma série de providências
que exigem datas certas e contratualizadas.
Somos todos sabedores das dificuldades para
gerenciar, conservar e manter tais equipamentos. Assim, a gestão do estádio
Barra do Parí, com critérios adequados, deve, preferencialmente, ser feita pela
mesma operadora da arena.
Em síntese, compartilho um recorte histórico que
evidencia a viabilidade da nossa Arena Pantanal, sem intencionar, porém,
exaurir a questão nestas linhas.
Entendo que toda atualização é válida, assim como é
necessário resolver as pendências relativas às obras. Contudo, penso que para
uma solução efetiva demonstra-se basilar a retomada da vocação de origem tanto
da Arena como do estádio Barra do Parí.
Carlos Brito é gestor público e está secretário
adjunto da Casa Civil. Líder comunitário, foi vereador e deputado estadual,
secretário de estado e da capital.
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