A verdade que ensinamos à criança, que começa a andar, é a
mesma do mundo dos negócios: Um passo de cada vez. A questão das habilitações para o mercado chinês é complexa
e de reflexos a longo prazo. O imediatismo e ações
afoitas não ajudam em nada em uma estabilidade e um ganho a médio e longo
prazo. A China em si representa muito para qualquer mercado, mas
não é ela sozinha a “salvação da pátria”. Outras aberturas virão na própria
Ásia e na América do Norte. O trabalho que o Ministério da Agricultura,
Pecuária e
Abastecimento (MAPA) sob a coordenação da
Ministra Tereza Cristina realizou junto com sua equipe e com apoio do
deputado federal Alceu Moreira e toda bancada ruralista, com certeza redundará
em novos avanços. Porém no linguajar da “lida” a porteira está aberta.
A China é só o começo, pois cremos que a pecuária mudará de
nível passo a passo nos próximos cinco anos, nosso boi poderá ser abatido no
máximo com dois anos e acima das 18
arroubas, sendo conservador na probabilidade. Com certeza, a qualidade
vai ser premiada com carcaças selecionadas.
Nosso clima, nossa terra e nossas pastagens permitem raças
puras e cruzadas, nos dando diversidade e qualidade em produtos a serem
ofertados ao mercado.
Nossas indústrias terão estabilidade e lucros suficientes
para transmitirem tranquilidade ao setor produtivo. Então encontraremos um novo
patamar para o setor.
O Brasil está se “abrindo” ao mercado internacional sem
restrições e aproveitando oportunidades.
Restarão os entraves logísticos e as amarras da legislação,
que ainda parte do conceito de que toda indústria está voltada para a má fé,
custos tributários e trabalhistas que nos colocam em desvantagens
internacionais, porém temos que vencer também estes obstáculos impostos a nós
da porteira para fora. O fato que pode nos animar, atualmente, é termos um
governo, e mesmo uma opinião pública conscientes de que isto é um problema que
trava o desenvolvimento, o emprego e a renda e, portanto deverão ser
equacionados.
A porteira está aberta, e com calma, precisamos “afinar” a
boiada.
Paulo Bellincanta é presidente do Sindicato das Indústrias
Frigoríficas de Mato Grosso (Sidifrigo-MT)
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