
A deputada Luizianne Lins (PT-CE) criticou a obstrução. “Não estou conseguindo entender essa lógica de você obstruir uma CPMI que foi deliberada pela Câmara e pelo Senado. Ou seja, deputados e senadores de acordo. Totalmente dentro da legalidade e as pessoas estão obstruindo para que não seja investigado. Então não deveriam estar na CPMI. "
Já o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) ressaltou que a comissão só foi instalada porque os objetivos estavam claros. “Eu não sei o que assusta tanto os deputados do PSL e o próprio governo em avançar nessa discussão. Será que há algum temor de que haja alguém do governo envolvido em algum processo de fake news? Será que é essa a preocupação?”, indagou.
O deputado Filipe Barros (PSL-PR) rebateu dizendo que o candidato do PT nas eleições presidenciais teria sido condenado por fake news. “Eles falam, falam, falam que o PSL tem medo que seja investigado. Que o Bolsonaro isso, o PSL aquilo (...) Mas vamos aos fatos. Quem foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por divulgação de notícias mentirosas foi o candidato Haddad. "
A deputada Natália Bonavides (PT-RN) afirmou que Fernando Haddad foi condenado por impulsionar notícias negativas contra Jair Bolsonaro, mas que a decisão não diz que elas são falsas.
Ameaças
O senador Humberto Costa (PT-PE) informou aos colegas que o presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD-BA), recebeu ameaças de morte pelo trabalho na comissão.
Por causa da obstrução, a relatora da comissão, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), apenas leu sua proposta de plano de trabalho, mas ela não pode ser discutida e votada.
Pelo plano, a relatora pretende fazer um encontro na semana que vem para dizer o que deve ser caracterizado como fake news. Em outubro, ele prevê um debate sobre cyberbullying, crimes de ódio e suicídio.
Reportagem - Sílvia Mugnatto
Edição - Geórgia Moraes
Caminho Político
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