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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

"Participantes de simpósio dizem que toda a sociedade deve se envolver na prevenção do suicídio"

Olhar para a pessoa ao lado, acolher, perceber sinais e comportamentos diferentes. Essas foram orientações dadas por psiquiatras, parlamentares e ministros do governo federal em simpósio que discutiu nesta terça-feira (10), na Câmara dos Deputados, a prevenção do suicídio e da automutilação, no Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.O simpósio foi promovido pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Defesa dos Direitos da Mulher. A cada ano, 800 mil pessoas no mundo todo tiram a própria vida segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio já é a segunda causa mais comum de mortes. E afeta ainda outros grupos, como indígenas e pessoas com deficiência.
Acolhimento
Presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio e à Automutilação, o deputado Lucas Gonzalez (Novo-MG) defendeu a militância na causa por acreditar que o suicídio pode ser prevenido. "Cada um de nós sairá com esta responsabilidade de assumir o papel de proteger a vida, a esperança."
A deputada Liziane Bayer (PSB-RS), secretária da frente, também apoiou atitudes mais humanas para lidar com o assunto. "Não podemos pensar só no capital, na economia. Temos de olhar mais uns para os outros. Infelizmente, vivemos um tempo de pessoas mais egocêntricas e egoístas, que se esquecem de olhar ao lado", disse.Para o secretário especial do Desenvolvimento Social, Lelo Coimbra, o ato de tirar a própria vida pode ser evitado quando se percebe que o possível suicida tem um distúrbio. "O suicídio é evitável, mas a sociedade precisa querer evitar, olhar para o lado, abraçar seu filho, acolher o adolescente que sai do colo para ir para a vida, essa fase é de absoluta dificuldade", declarou. "Assim como o idoso. Estamos com expectativa de vida de 76 anos e não sabemos o que fazer com esse tanto de anos que corremos tanto para ter."
O deputado Diego Garcia (Pode-PR), que também sugeriu o debate, destacou o papel da família, que deve ser valorizada, em suas palavras. "É necessário que os governos coloquem a família como protagonista de todas as políticas públicas. A família pode atuar junto à raiz do problema e trabalhar para evitar a morte de tantas pessoas", comentou.
Doenças mentais
Para evitar o suicídio, o presidente da Associação Brasileira de Prevenção do Suicídio, Humberto Corrêa, defendeu o tratamento adequado de doenças mentais e a criação de barreiras a meios letais, como armas de fogo. "A maioria dos suicídios é impulsiva. Se a pessoa tem acesso a arma de fogo, ela vai se matar com essa arma. Se ela tem de esperar cinco dias para ter acesso a essa arma, nós salvamos vidas", explicou.O presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina, Antonio Geraldo, pediu mais investimento na saúde mental da população brasileira. "Dez por cento da população têm algum tipo de doença mental, e a maioria não tem acesso a tratamento. A população indígena não tem acesso. População carcerária? Zero", criticou.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, admitiu que o Brasil possui uma rede de saúde mental pequena, com centros de atenção psicossocial (CAPs) concentrados nas cidades grandes e médias. Ele observou, por outro lado, que o País conta com um “exército” de agentes comunitários de saúde, professores e assistentes sociais que podem identificar possíveis suicidas.
Comportamentos
Entre os fatores propulsores do suicídio e da automutilação, os participantes do simpósio listaram o uso de álcool e outras drogas. Os comportamentos a serem observados nas pessoas mais vulneráveis são isolamento, tristeza constante, queda no desempenho escolar, crises de raiva e baixa autoestima, entre outros.
Pais de adolescentes, principalmente, devem estar atentos ainda a sinais de automutilação, como mordidas, manchas, arranhões e queimaduras. “Muitas vezes as lesões ficam em locais escondidos, nem sempre são nos braços ou nas pernas. Fique atento se você vê um jovem, mesmo com temperatura quente, usando blusa de manga comprida e jaqueta o tempo inteiro. Ele pode estar escondendo lesões”, alertou Antonio Geraldo.
Prioridade
Segundo a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a valorização da vida é prioridade no governo. Ela disse que ela própria tentou se matar aos dez anos de idade, em razão de ter sido estuprada aos seis.
Aos estudantes presentes no simpósio, fez um pedido: "Comecem a olhar para os lados, a falar com seu colega que está em sofrimento. Falem com um professor, não se omitam. Conversem com um adulto. Se não encontrarem ninguém com quem falar, disquem 100, liguem para o ministério".
A pasta de Damares lançou neste ano a campanha "Acolha a Vida", de prevenção do suicídio e automutilação.
Ajuda
O Centro de Valorização da Vida (CVV) se coloca à disposição para ouvir pessoas que se sentem sozinhas e querem compartilhar seus sentimentos com alguém, por meio do número de telefone 188 ou pelo chat online: www.cvv.org.br. Ajuda profissional pode ainda ser buscada nos CAPS.
O Brasil também conta hoje com a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (Lei 13.819/19), a ser implementada pela União, em cooperação com os estados, o Distrito Federal e os municípios. O ministro da Cidadania, Osmar Terra, informou que a norma está em fase de regulamentação no ministério, a fim de se tornar mais efetiva.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Marcelo Oliveira
Caminho Político

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