A agressão sofrida pelo repórter cinematográfico Reginaldo Dias, da TV Alterosa, de Minas Gerais, na terça, 22 de outubro, durante cobertura de um homicídio em Itaúna, foi condenada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Em nota conjunta divulgada nesta quinta, 24, as entidades informam que as agressões foram presenciadas por policiais militares, que nada teriam feito para evitá-las.
"Reginaldo foi xingado, ameaçado, empurrado, derrubado e chutado quando se encontrava caído, por um agressor já identificado. Uma pedra foi arremessada na sua direção. Em seguida foi cercado por outras pessoas que tentaram impedir que ele continuasse gravando". Ainda de acordo com as entidades, foi a segunda vez só este mês que jornalistas da TV Alterosa foram coagidos mediante ameaças de agressão a não realizar seu trabalho.
"Essa situação, agravada pela cumplicidade policial e pela ineficácia da justiça, é nitidamente favorecida pelo mau exemplo que vem de cima. Ao atacar e desqualificar a imprensa sistematicamente, as mais altas autoridades do governo federal encorajam seus seguidores a praticar violência – frequentemente verbal e crescentemente física – contra jornalistas", diz a nota do SPMG e da FENAJ.
Reginaldo Dias tem mais de trinta anos de profissão e nunca tinha passado por isso. Atendendo ao agressor, chegou a desligar sua câmara, e só a religou quando percebeu que seria agredido, para se proteger.
Em entrevista ao BHAZ, ele declarou que entrou em choque ao assistir às cenas da agressão. "Nós, profissionais, não podemos aceitar isso”, declarou o cinegrafista, que prestou queixa contra o agressor. Veja abaixo o vídeo da agressão:
Da Redação/Caminho Político
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