
"Me transferi para Guayaquil e transferi a sede do governo a esta querida cidade, de acordo com as atribuições constitucionais que me competem", disse o presidente. "O que está acontecendo não é uma manifestação social de protesto por uma decisão do governo. Há uma manifestação política para romper a ordem democrática", afirmou, cercado de generais em uniformes de combate e acompanhado do vice-presidente, Otto Sonneholzner.
Moreno culpou Correa, que presidiu o país entre 2007 e 2017, de estar por trás das tentativas de desestabilizar seu governo. Ele afirmou não ser coincidência que vários líderes do antigo governo de esquerda tenham viajado à Venezuela há poucos dias, segundo afirma, para conspirar juntamente com o presidente do país, Nicolás Maduro.

O presidente acusou os apoiadores de Correa de "financiarem as agressões e os saques" com o dinheiro que teriam "roubado" durante o governo esquerdista.
Ele alertou que "indivíduos pagos e organizados" participaram da mobilização dos indígenas com objetivo de promover saques e desestabilizar o país e fez um convite às comunidades indígenas para "um diálogo sincero", dizendo que esta "é uma porta que jamais se fechou".Na segunda semana de protestos no Equador, novos confrontos entre a polícia e manifestantes ocorreram na capital, onde também houve grande destruição de propriedades públicas. Os distúrbios começaram após o governo adotar uma série de medidas e cortes, incluindo o cancelamento dos subsídios estatais aos combustíveis.
Os protestos tiveram a participação de grupos de esquerda, sindicalistas e jovens de diferentes afiliações políticas de oposição, que receberam o apoio de grupos de indígenas. Um dos distúrbios mais fortes ocorreu na praça de Santo Domingo, a algumas centenas de metros da sede do governo, de onde a polícia teve de se retirar em razão do avanço dos manifestantes.
RC/efe /afp/cp
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