
“É necessário colocar o dedo na ferida e debater a ocupação dos espaços de poder e de tomada de decisões pelo gênero feminino. As mulheres ainda estão muito distantes da política., não por falta de vontade, mas por falta de oportunidade mesmo. Há duas legislaturas, eu sou única mulher no Parlamento estadual. O maior colégio eleitoral de Mato Grosso, que é Cuiabá, há duas legislaturas também não tem nenhuma mulher na Câmara de Vereadores. Se somos 52,5% do eleitorado, é necessário refletir por que temos tão poucas representantes femininas na política”, diz.
Após o painel, Manuela D'Àvila lançará e autografará seus livros “Revolução Laura” e “Por que Lutamos? - Um Livro Sobre Amor e Liberdade".
A mulher na política em MT - A representatividade das mulheres na política em Mato Grosso passou de 2,7% em 2014 para 12,5% em 2018, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Mesmo assim, ainda é abaixo da média nacional.
Ao longo da história, apenas 13 deputadas já passaram pela Assembleia e oito vereadoras pela Câmara de Cuiabá.
Com relação ao Poder Executivo, até hoje, nenhuma mulher conseguiu ser eleita governadora em Mato Grosso. A que mais se aproximou do cargo foi Iraci França, que ocupou a vice-governadoria e assumiu formalmente quatro vezes o cargo de governadora, durante o primeiro mandato de Blairo Maggi (2003-2006).
A primeira eleição de uma mulher ao Legislativo ocorreu 26 anos depois da conquista do voto feminino, quando uma professora, Oliva Enciso, foi eleita deputada e ficou na Assembleia Legislativa até 1963.
LAURA PETRAGLIA/Caminho Político
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