
A rapper paulistana Preta Rara também ressaltou a importância do hip hop na luta contra o racismo. “O hip hop me educou e me ajudou a ser o que eu sou. Através do hip hop que eu fui estudar história. Através do hip hop que eu aceitei meu cabelo, meu corpo, minha resistência. O racismo está muito longe de acabar”, afirmou.
Em seus discursos e rimas, a rapper Realleza, de Brasília, destaca a relevância do hip hop como uma arte que conscientiza jovens negros da periferia. “Ele é o instrumento que usamos para poder falar de consciência negra com os jovens. E poder falar sobre racismo também é muito importante, porque muitos jovens das periferias estão sofrendo com o racismo e nem sabem o que é o racismo. Então, o hip hop é esse meio, é esse fio condutor da informação e do empoderamento negro e periférico dentro da quebrada.”
Representatividade

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) argumentou que a proporção de negros na Câmara dos Deputados é pequena, comparada à proporção de negros na população brasileira, que corresponde a mais da metade. “Uma população de 54 milhões não pode estar excluída dos espaços políticos. Então, trazer para cá é trazer para o espaço em que se discute lei, em que se toma decisão. Aqui, se toma decisão para mais de 200 milhões de brasileiros”, declarou.
A deputada Áurea Carolina (Psol-MG) ressaltou que a luta contra o racismo deve ser todos os dias. “É uma data [20 de novembro] para a gente trazer as nossas conquistas e as nossas lutas para o debate público com uma força ainda maior. Lembrando que a resistência negra é todos os dias, é o ano inteiro, porque o racismo não descansa”, afirmou.
Reportagem – Robson Rodrigues
Edição – Pierre Triboli
Caminho Político
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