
Na abertura do inquérito civil, o promotor Miguel Slhessarenko Junior diz que a investigação é legal uma vez que Constituição Federal determina que Estados e municípios não se omitam quanto a políticas que atendem os direitos fundamentais do cidadão.
“O objetivo do inquérito civil é investigar a correta aplicação do percentual obrigatório e vinculado da educação, adotar medidas compensatórias para o exercício seguinte e apurar a regularidade dos repasses constitucionais da educação, a sua aplicação com responsabilidade, de modo que se converta na elevação da qualidade de ensino e não apenas objetivando o cumprimento de requisitos formais”.
A Seduc (Secretaria de Estado de Educação), a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) e a Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, da Assembleia Legislativa, foram notificadas pelo Ministério Público.
A deputada Janaína Riva (MDB) é a relatora das contas de 2018 de Pedro Taques, ainda em análise em comissão.
Fundeb
Em agosto deste ano, Ministério Público abriu inquérito civil para apurar a movimentação financeira do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) no governo de Pedro Taques.
O promotor Roberto Turin diz na portaria de abertura do procedimento que a investigação tem enfoque nos indícios de improbidade administrativa, com o descumprimento de transferências de recurso em períodos fixados na regulamentação do fundo.
Resultado divulgado em janeiro deste ano pela CPI dos Fundos, realizada pela Assembleia Legislativa, responsabilizou o ex-governador Pedro Taques por prejuízos a municípios com a retenção de recursos ao longo de 2017. Taques teria segurado, em caixa, cerca de R$ 500 milhões, que deveriam ser repassados aos municípios como pagamento do Fundeb.
O montante teria sido desviado para outros fins não identificados pela comissão parlamentar. O caso veio à tona após a AMM (Associação Mato-grossense dos Municípios) divulgar que em dezembro 2016 o governo teria repassado uma quantia acima da média mensal do recurso, ao final da uma série de repasses com valores abaixo da parcela prevista. O questionamento foi feito após a verificação de que a arrecadação do Estado não teve modificação brusca que justificasse a oscilação dos repasses.
Robson Fraga/Reinaldo Fernandes/Caminho Político
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