
Extrema esquerda apela a Sánchez
O candidato do Unidas Podemos à presidência do governo, Pablo Iglesias, pediu a seu adversário socialista, o chefe de governo em exercício Pedro Sánchez, que forme uma coalizão governamental progressista, que faça frente "à extrema direita".
"Eu lhe transmiti que o que em abril era uma oportunidade histórica, agora é uma necessidade", declarou Iglesias numa coletiva de imprensa após a divulgação das primeiras contagens. Ele lamentou que o pleito deste domingo serviu para fortalecer a direita e "para que tenhamos uma extrema direita das piores da Europa", referindo-se à legenda Vox.
Ainda assim, com um total de 158 parlamentares, o bloco da esquerda espanhola, formado pelo PSOE, Unidas Podemos e Mais País, superou por sete assentos o bloco da direita, que reúne o PP, Vox e Cidadãos, somando 151 assentos.
Baixa participação
Segundo o Ministério do Interior, dos 37 milhões de espanhóis com direito a voto, até as 18h00 apenas 56% haviam ido às urnas para escolher os futuros 350 deputados e 208 senadores do país, comparado com 60,7% no mesmo período, no escrutínio anterior.
A última eleição geral da Espanha, em 28 de abril, também concedeu ao PSOE a maior parte dos votos, porém não a maioria absoluta. Falharam as tentativas do atual presidente do governo, Pedro Sánchez, para obter o apoio das demais legendas na formação do governo, forçando-o a convocar nova eleição. As atuais pesquisas de intenção de voto indicavam que o resultado não seria suficiente para romper o impasse político da Espanha.
Grande parcela da atenção mediática esteve na Catalunha, uma comunidade autônoma com forte presença de movimentos independentistas. Os protestos na região, por vezes de violentos, aumentaram desde 14 de outubro, quando foi divulgada a condenação de nove líderes envolvidos na tentativa de secessão de 2017, a penas entre nove e 13 anos de prisão.
AV/efe,lusa,ap,rtr,ots/cp
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