
Horas antes da renúncia, Morales ainda anunciara a convocação de novas eleições, após a Organização dos Estados Americanos (OEA) ter recomendado a medida devido às suspeitas de irregularidades no último escrutínio. Dois ministros e o presidente da Assembleia Nacional, Victor Borda, também já tinham renunciado a seus cargos.
Os Estados Unidos e a União Europeia haviam apoiado a convocação de novas eleições presidenciais na Bolívia. Por sua vez, o principal candidato oposicionista nas eleições passadas, o ex-presidente Carlos Mesa, dissera que o líder esquerdista não deveria se candidatar no próximo pleito.
Evo Morales era presidente desde 2006, como líder há mais tempo no poder na América Latina. Na eleição de outubro, ele venceu com dez pontos de vantagem sobre o rival Mesa, o que lhe garantiu um novo mandato logo no primeiro turno.
No entanto, a apuração de votos ficou inexplicavelmente interrompida durante quase um dia inteiro, provocando acusações de fraude e desencadeando protestos, greves e bloqueios de rodovias.
Após as demissões no governo, também a presidente do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), Maria Eugenia Choque Quispe, apresentou sua renúncia "irrevogável" para ser "investigada", na sequência do relatório da OEA.
O Ministério Público boliviano já anunciou que processará os membros do TSE devido a irregularidades "muito graves" detectadas pela OEA, que podem ter levado a "erros criminais e eleitorais relacionados com o cálculo dos resultados oficiais".
AV/efe,lusa/cp
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