
"As eleições ocorrerão no primeiro domingo de maio", disse Hassenteufel.
O pleito será oficialmente convocado na próxima segunda-feira. O TSE da Bolívia publicará também o calendário eleitoral na mesma data. Inicialmente, o anúncio da data do novo pleito estava previsto para dezembro.
Morales venceu as eleições realizadas em outubro em primeiro turno, mas o pleito foi anulado após denúncias de fraude em favor do agora ex-presidente da Bolívia, que renunciou ao cargo por pressão das Forças Armadas. Ele afirma ter sido vítima de um golpe de Estado.
Em relatório, a Organização de Estados Americanos (OEA) disse ter "operações dolosas" alteraram a "vontade expressada nas urnas". Os integrantes do TSE responsáveis por organizar o pleito foram processados e presos preventivamente, acusados de crime eleitoral.
A Assembleia Legislativa da Bolívia, controlado pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido liderado por Morales, escolheu seis dos novos integrantes do TSE. O sétimo membro foi nomeado pela senadora Jeanine Áñez, presidente interina do país, que tem esse direito garantido constitucionalmente.
Um projeto de lei para ampliar o atual mandato de Áñez e dos parlamentares bolivianos está sendo discutida no Congresso. A atual legislatura termina no próximo dia 22 de janeiro, antes da data marcada para a nova eleição.
Morales não será candidato na próxima eleição. Refugiado na Argentina, ele comandará uma reunião do MAS no dia 19 para que o partido escolha o nome que o representará no pleito.
Entre os possíveis candidatos do MAS estão o jovem líder cocaleiro Andrónico Rodríguez, os ex-ministros Diego Pary, David Choquehuanca e Luis Arce.
O ex-presidente Carlos Mesa, principal adversário de Morales nas eleições anuladas, confirmou que será candidato mais uma vez. Outro nome confirmado é o de Luis Fernando Camacho, líder de protestos contra o ex-presidente do país após as acusações de fraude. Ele, porém, ainda não tem partido.
JPS/efe/cp
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