
“Ele disse que eu havia passado no concurso da Secretaria de Segurança, mas eu não reconheci o nome, só sabia da sigla Sejusp, não me imaginei fazendo concurso para Sesp, então disse que não era eu e desliguei o telefone”. Ele retornou à ligação, disse para ela mesma conferir o nome na SAD (Secretaria de Estado de Administração) e tomar posse dentro de 15 dias, e desligou o telefone também. “Foi um mal-entendido na época, quando entrei na Sesp nos conhecemos, hoje somos colegas e damos risada disso”, conta Diana.
A escolha pela área de tecnologia ocorreu aos 18 anos, quando trabalhou em uma empresa de informática. Na turma da faculdade de TI, não tinham muitas mulheres, cerca de 5% apenas. “Depois que você vai para o mercado, tem o choque, por ser ainda muito masculino, mas é questão de amadurecimento, aí você vai compreendendo que o fato de ser mulher não significa que é menos capaz. Mas também é importante saber que vai ter que lutar pelo seu espaço de forma igualitária”, avalia.
Cargo de liderança
Já formada, Diana trabalhou em algumas empresas privadas como analista e, paralelamente, continuou estudando. Ao ingressar na Sejusp, compôs o setor administrativo do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), onde permaneceu por três anos. Depois, foi realocada para a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), onde atualmente ocupa o cargo de coordenadora de Soluções Tecnológicas.
“Eu sempre soube muito bem o que queria, então quando entrei na TI o meu coordenador na época perguntou o que eu gostaria de fazer. Eu disse que gostava de liderar, mais na parte de gestão mesmo. Fiz vários cursos nessa área. Atuei como gerente durante cinco anos, mas antes disso, fiquei cobrindo férias nas gerências, sempre quando precisavam”, conta.
Hoje, ela acredita que as mulheres estão cada vez mais ocupando espaços no mercado de trabalho e em cargos de liderança. “Tivemos muito avanço, pois na época da minha mãe não era comum ser independente, trabalhar fora, era uma condição mais de submissão, as mulheres ficavam com a função de cuidar da casa e dos filhos enquanto o homem era preparado para prover o lar financeiramente.
Hoje já está mais equilibrado”, acrescenta ela, que coordena cerca de 20 pessoas, sendo que a maioria são homens. “É um ambiente tranquilo e sou muito respeitada, atualmente trilho meu caminho encarando os desafios e aproveitando as oportunidades, sou feliz no que faço”, conclui Diana Lima.
Nara Assis/Caminho Político
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