
"Eu estou aqui porque acredito em vocês. Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil", disse Bolsonaro. "O que tinha de velho ficou para traz. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção, têm que ser patriotas e acreditar e fazer a sua parte para que nós possamos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder."
"Todos no Brasil tem que entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro. Tenho certeza, todos nós juramos um dia dar a vida pela pátria. E vamos fazer o que for possível para mudar o destino do Brasil. Chega da velha política", disse o presidente.
Neste domingo, protestos semelhantes ocorrem em outras cidades pelo país, como São Paulo, Curitiba, Salvador e Manaus. Os manifestantes pedem a reabertura do comércio e a volta ao trabalho, enquanto aumentam o número de mortes e de pessoas infectadas por covid-19 em todo o país. Alguns governos estaduais impuseram medidas de quarentena e isolamento.
Bolsonaro, entretanto, vem questionando a eficácia dessas medidas, adotadas também em diversos países ao redor do mundo, e minimiza a gravidade da doença. O presidente vem realizando passeios e aparições públicas, causando aglomerações em torno de sua figura e até mesmo apertando as mãos de seus apoiadores, o que os especialistas em saúde também pedem que seja evitado.
Neste sábado, ele voltou a criticar os governadores estaduais e o Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que os estados da federação têm autonomia para ordenar o fechamento do comércio.
Números divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo elevaram o total de mortes pelo novo coronavírus no Brasil para 2.462, com 115 óbitos registrados nas últimas 24 horas. Nos sete dias que antecederam a divulgação desses dados, o aumento no número de mortes foi de 101 % (1.239 óbitos).
Estudos divulgados por diferentes instituições acadêmicas e universidades brasileiras nesta semana alertaram que o número de óbitos e de pessoas infectadas em todo o país pode ser até 15 vezes maior do que o anunciado pelas autoridades.
RC/ots/cp
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