A grande maioria das pessoas atualmente não veem mais máquinas de escrever nas empresas, órgãos públicos e nas casas, mas quem é das gerações anteriores a de 80 (70, 60, 50 e outras) viveram a experiência de estudar datilografia, que chegou inclusive a ser matéria de prova prática em concursos públicos e requisito obrigatório para se trabalhar em empresas. A primeira prática do curso de Datilografia era aprender por repetição o uso dos dez dedos no teclado das máquinas olivetti, underword e outras marcas, de forma a garantir velocidade e praticamente sem erros, isso sem olhar para a máquina. O aprendizado do ‘ASDFG’ e assim por diante garantia a expertise do trabalhador, e permitia de certa forma o home office, já que estudos, trabalhos universitários e trabalho como o de advogados podiam ser feitos e/ou adiantados em casa.
Home Office é uma expressão inglesa que significa “escritório em casa”, na tradução literal, mas também conhecido pela sigla SOHO (Small Office and Home Office), este método de trabalho era normalmente usado por trabalhadores independentes, também conhecidos por freelancers, hoje porém muitas empresas possuem este sistema de trabalho quando os funcionários não precisam ou não podem trabalhar no escritório. Atualmente isso nem de longe interfere na qualidade ou quantidade de trabalho, na verdade implica em alterações positivas dessas avaliações.
Na concepção de home office, o trabalho profissional é desenvolvido em ambientes diferenciados e que compartilham a infraestrutura do ambiente doméstico – home(lar) e office(escritório). O escritório em casa na verdade seria melhor representado pela denominação HOME WORK, já que isso é o que realmente representa a possibilidade e suas consequências.
Nas últimas duas décadas assistimos muitos órgãos de todas as esferas dos poderes da União, que estão executando suas tarefas finalísticas de forma digital. Isso permitindo nesses órgãos alternativa para que funcionários executassem suas tarefas em Home Office.
Recentemente a COVID-19 e a situação de isolamento social forçaram a adoção do Home Office, agora em sistema diário, para que empresas, órgãos públicos e outros não sofressem descontinuidade. Como dissemos, as primeiras opções de trabalho a distância (Home Office) eram praticadas através da INTRANET, porém a necessidade de ampliação e segurança tem feito com que programas para acesso remoto garantissem isso com efetividade e qualidade, sem maiores dificuldades para os trabalhadores das gerações mais jovens cujo conhecimento facilita essa tarefa deixando para os da geração ‘máquina de escrever’ as poucas dificuldades existentes.
Ao passar a pandemia do Coronavirus e vai passar, os servidores e outros trabalhadores vão voltar ao sistema tradicional? Acredito eu que não, os órgãos mais avançados já estavam estudando e desenvolvendo regras e legislação para o trabalho em casa, a experiência e os resultados positivos em qualidade e quantidade, tornam essa prática em algo definitivo ainda que possam aparecer entraves que atrasem a naturalidade do sistema.
Enéias Viegas da Silva
Secretário Executivo de Gestão de Pessoas
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