Entre
os distúrbios que podem ser tratados por meio da fisioterapia pélvica estão a
incontinência urinária e disfunções sexuais. A fisioterapia pélvica atua na
reabilitação das disfunções do assoalho pélvico, ou seja, em todas as funções
que envolvam a musculatura do períneo, conforme explicam os fisioterapeutas
Juliana Miranda e Bruno César, de Cuiabá (MT). O assoalho pélvico, define
Juliana Miranda, é um conjunto de músculos, ligamentos e fáscias que se
encontram no fundo da pelve, conhecida popularmente como “bacia”.
“Ele tem as funções de
sustentar todos os órgãos que ficam nessa região, como a bexiga, o intestino
grosso, a vagina, no caso das mulheres, a próstata, no caso dos homens,
controlar a saída de urina e fezes, além de participar do controle e resposta
sexual”, observa a fisioterapeuta. Entre as disfunções que essa
especialidade da fisioterapia consegue reabilitar está incontinência urinária
de esforço e urgência, bexiga hiperativa, bexiga neurogênica, enurese, retenção
urinária, prolapsos genitais, constipação intestinal, anismo, disfunções
sexuais, dispareunia, vaginismo e anorgasmia. Também há o transtorno de
excitação sexual feminina, ejaculação precoce, disfunção erétil, doença de
peyronie, disfunções miccionais na infância, algias pélvicas, pré e
pós-operatório de cirurgias pélvicas, preparação pélvica pré-parto, atendimento
durante o trabalho de parto e prevenção de patologias pélvicas pós-parto.“O profissional com
especialização em fisioterapia pélvica está habilitado a tratar e prevenir qualquer
patologia que esteja relacionada com o assoalho pélvico, através de técnicas
específicas para cada caso, no qual o profissional possua competência para
aplicá-las”, ressalta Bruno César.É muito importante que o
indivíduo com problemas relacionados ao assoalho pélvico não defina por si só
quais serão os exercícios de tratamento. “Somente um especialista pode analisar
cada caso e indicar quais serão os passos para evolução do paciente”, alerta.Juliana Miranda e Bruno César
são casados. Ela atende o público feminino e ele o masculino. Bruno é o único
fisioterapeuta pélvico homem de Mato Grosso e um dos poucos do pais, um fator
que contribui bastante para pacientes do sexo masculino que se sentem
constrangidos durante consultas e tratamentos com mulheres fisioterapeutas.
Sandra Carvalho/Caminho Político
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