Publicada em 7 de abril pela agência Sportlight, reportagem do jornalista Lúcio de Castro sobre suspeita de superfaturamento de verba parlamentar de combustível pelo então deputado federal Jair Bolsonaro resultou no encaminhamento, nesta quarta (29), pelo ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), de notícia-crime à PGR (Procuradoria-Geral da República).
De acordo com a reportagem, entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2011, quando era deputado pelo Partido Progressista (o mesmo de Paulo Maluf), Bolsonaro foi ressarcido com verba parlamentar incompatível com seus deslocamentos.A reportagem é baseada em notas fiscais de postos de gasolina do Rio de Janeiro obtidas pelo jornalista.
Em 7 de janeiro de 2009, por exemplo, Bolsonaro alegou ter gastado R$ 2.608,00 em gasolina comum em um posto da Barra da Tijuca — quantia que, na época, teria resultado em mais de mil litros de combustível.
Reproduzidas na reportagem, as notas contam com nome, CPF e endereço do então deputado. No mesmo dia em que teria comparecido ao posto no Rio de Janeiro, Bolsonaro registrou presença em votações no Congresso em Brasília.
"Diante destes fatos, verifica-se haver indícios suficientes de autoria e materialidade, para que se inicie investigação criminal em face do indigitado, pois em tese existe a prática de conduta criminosa", diz a petição que resultou no encaminhamento de notícia-crime à PGR.
Procurado pela imprensa, o Palácio do Planalto disse que não comentará o assunto.
Da Redação:PI/Caminho Político
Foto: Reprodução Terra
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